A Comissão Europeia considera que foi “extremamente rápida” a resposta dos Estados-membros ao sismo na Turquia e garante que está disponível para enviar para o país ainda mais ajuda, enquanto for preciso. Em entrevista à Rádio Observador, o porta-voz do executivo comunitário para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Balazs Ujvari, adianta que as primeiras equipas de resgate “devem chegar ao terreno ao final da tarde” desta segunda-feira.

Depois do sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter, que fez até agora mais de 2.000 mortos, a Turquia pediu assistência ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. Até ao momento, um conjunto de 13 países enviou equipas de busca e salvamento para o terreno.

A Comissão Europeia respondeu de forma extremamente rápida. A ajuda está a caminho, num elevado nível de reação por parte de praticamente metade dos nossos Estados-membros. Até agora, 13 países ofereceram ajuda através do envio de operacionais. Esperamos que a lista de países aumente, conforme também surjam novos desenvolvimentos no terreno. Estas equipas vão ser muito importantes para ajudar as autoridades turcas”, afirma Balazs Ujvari à Rádio Observador.

Até agora, Portugal não consta desta lista de países. Em entrevista à SIC Notícias, o ministro da Administração Interna garante que “Portugal tem disponibilidade” para enviar ajuda para o terreno, tanto ao nível das operações de busca, como de assistência médica. Neste momento, explica José Luís Carneiro, o levantamento de meios está a ser feito pela Proteção Civil.

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A Comissão Europeia acionou também o sistema de satélite Copernicus. O objetivo é “enviar para as autoridades turcas imagens de satélite” para ajudar “a definir o território afetado pelo sismo”, explica à Rádio Observador o porta-voz de Bruxelas para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.

O sismo também afetou a Síria, sendo que até ao momento há registo de mais de 800 mortos, entre as zonas controladas pelo governo e os territórios sob controlo dos rebeldes. Balazs Ujvari garante que a Comissão Europeia está atenta à situação, através de “um grande número de parceiros de ajuda humanitária” que estão a “redirecionar” as prioridades para a ajuda no terreno. “Estamos também a analisar a possibilidade de aumentar os fundos humanitários para lidar com as consequências do terramoto na Síria”, adianta.

Em entrevista à Rádio Observador, o porta-voz da Comissão Europeia para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises garante ainda que Bruxelas vai continuar a ajudar a Turquia no futuro, enquanto for preciso. E pede uma avaliação rigorosa dos estragos.

Para já, estamos a garantir uma resposta imediata. Estamos a analisar a nossa política de proteção civil e as estruturas de ajuda disponíveis. Depois, mais à frente, vamos ter de avaliar a situação e perceber a real dimensão dos estragos. No passado, em casos semelhantes, a União Europeia usou uma variedade de instrumentos para ajudar nos esforços de reconstrução. Mas para já, as nossas atenções estão concentradas na necessidades imediatas”, explica Balazs Ujvari.

Também na tarde desta segunda-feira, António Guterres afirmou que a ONU está pronta para apoiar os esforços de resposta de emergência. Também outros países, como Reino Unido, Israel e Estados Unidos, já ofereceram apoio, na sequência do terramoto.

Ouça aqui na íntegra as declarações do porta-voz da Comissão Europeia para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises à Rádio Observador.

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