A CP – Comboios de Portugal suprimiu 16 das 252 ligações programadas entre as 00h00 e as 8h00 desta quarta-feira, primeiro dia de greve dos trabalhadores da empresa (que não conta com serviços mínimos),  disse à Lusa fonte oficial da transportadora ferroviária.

De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa cerca das 8h30, circularam 236 comboios. Estavam programados 252 comboios e foram suprimidos 16.

Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre como são decididos os serviços mínimos.

Greves. Como e quem decide os serviços mínimos?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Dos 16 comboios suprimidos, dois eram de longo curso (realizaram-se 10), sete regionais (realizados 65), sete urbanos do Porto (realizaram-se 46). Em Lisboa circularam 115 comboios urbanos.

A CP informou no início da semana que o Tribunal Arbitral não decretou serviços mínimos para a greve de trabalhadores que começa esta quarta-feira e alargou as previsões de “fortes perturbações” na circulação até 21 de fevereiro.

Há uma greve de 14 dias na CP sem serviços mínimos. Como são decididas estas obrigações?

Assim, a empresa prevêfortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no período entre as 00h00 desta quarta-feira e as 24h00 do dia 21.

Na sexta-feira passada, a CP já tinha alertado para “fortes perturbações na circulação, em todos os serviços por motivo de greves, “convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI)”.

Greve na CP começa esta quarta-feira e mantém-se até dia 21. Não se garantem serviços mínimos

O anúncio da greve dos trabalhadores da CP e da IP, devido à falta de resposta às propostas de valorização salarial, foi feito em 25 de janeiro pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans). Em causa está a falta de resposta das duas empresas às propostas de valorização salarial.

Para os sindicatos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.

Também a Fertagus, que liga Lisboa e Setúbal, deu conta de possíveis “perturbações” na quinta-feira por causa da greve Infraestruturas de Portugal (IP).

Numa nota publicada no seu ‘site’, a Fertagus — que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP — refere que os condicionamentos na circulação dos comboios vão registar-se entre as 0h00 e as 24h00 de quinta-feira.