O plenário de trabalhadores convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) aprovou esta quarta-feira uma proposta da companhia, que inclui a redução dos cortes salariais de 25% para 20%, disse Paulo Duarte, da estrutura sindical, à Lusa.

“Tivemos hoje um plenário bastante concorrido, com mais de 600 pessoas e o que estava em cima da mesa era o descontentamento generalizado, porque estamos com cortes”, assegurou, destacando que esta questão “tem de ter uma solução”.

O dirigente sindical disse que “o plenário estava marcado e previa-se uma grande agitação, mas em cima da hora apareceu uma proposta da TAP” que veio “de alguma forma ao encontro” do que os trabalhadores pretendiam “e, portanto, o plenário aprovou essas medidas”.

“Há medidas que são transversais a todos, reduzir o corte para 20% e há algumas que afetam o que são as condições dos trabalhadores de terra”, destacou, dando o exemplo de questões referentes ao trabalho noturno e extraordinário que tinham cortes e deixam de ter, entre outras questões. Ainda assim, “não há nenhuma atualização da tabela salarial”, tendo em conta que a TAP denunciou os acordos de empresa.

“O princípio básico disto é que como os trabalhadores da TAP têm cortes [salariais] o mercado está a procurá-los e estão a sair muitas pessoas. Foram assim encontrados mecanismos de retenção das pessoas da TAP”, acrescentou.

Depois de aprovada a proposta, não está agora prevista nenhuma forma de luta na companhia, de acordo com Paulo Duarte. O Expresso avançava esta semana que em cima da mesa, se não houvesse acordo, estava uma possibilidade de avançar com um pré-aviso de greve às horas extraordinárias a partir de 15 de fevereiro.

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