A Câmara de Oeiras aprovou esta quarta-feira o memorando de entendimento para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com o município a comprometer-se com investimentos a realizar no Passeio Marítimo de Algés, onde o Papa se irá encontrar com voluntários.

Em comunicado, a autarquia indica que no documento é estabelecido que a Câmara de Oeiras ficará responsável pela “ação a decorrer no Passeio Marítimo de Algés, definido como Local 6, onde haverá o ‘Encontro do Santo Padre com os Voluntários'”.

Assim, o município terá de assegurar “um palco de 10 por 10 metros, um palco de 20 por 10 metros, área para coro lateral”, bem como a iluminação do recinto e a delimitação e acessos ao local e outras estruturas de segurança.

Os “acessos e mobilidade interior de todos os intervenientes (Papa, peregrinos, etc.), nomeadamente através da viatura particular do Papa” serão também da responsabilidade da autarquia, além da “delimitação de setores dentro do recinto, abastecimento e disponibilização de água potável, torres multimédia (imagem, som, sinal e luz), estruturas de apoio à recolha de resíduos e condição para acesso a pessoas com mobilidade reduzida”, lê-se na nota da Câmara de Oeiras.

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A autarquia, que na nota não revela o valor dos custos que irá suportar, terá também de garantir uma estrutura para jornalistas dentro do recinto, zona para camiões media com ligação ao recinto e zona logística adjacente ao recinto.

Apesar de no comunicado a autarquia não indicar o valor do investimento a realizar, na reunião do executivo o presidente da Câmara, o independente Isaltino Morais, adiantou que a estimativa é de um milhão de euros, ressalvando, contudo, que esse “valor não é certo”.

O memorando de entendimento entre o Comité Organizador Local, o Grupo de Projeto para a JMJ 2023 em representação do Governo, a Câmara de Lisboa, a Câmara de Loures e a Câmara de Oeiras, foi aprovado esta quarta-feira em reunião extraordinária do executivo liderado por Isaltino Morais e terá ainda de ser assinado por todas as partes envolvidas.

A JMJ, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

A realização da JMJ tem um custo superior a 150 milhões de euros, segundo as estimativas mais recentes da Igreja Católica (cerca de 80 milhões), do Governo (30 milhões, sem considerar o IVA, que reverte a favor do Estado) e dos municípios de Lisboa (até 35 milhões de euros) e Loures (10 milhões).

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. O Papa Francisco estará em Lisboa para participar na JMJ.