O secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, anunciou esta terça-feira um aumento de 10 pontos percentuais, para 23%, do nível de adiantamento das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para “dar músculo” à execução dos projetos.

“Vamos reforçar os níveis de adiantamento e de pagamento nas agendas [mobilizadoras do PRR]. Uma das medidas que estamos a implementar é de aumentar o nível de adiantamento em mais 10 pontos percentuais, para que todas as agendas tenham um volume adicional de verbas para arrancarem os seus investimentos, por exemplo”, afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem de uma visita às empresas portuguesas presentes na feira de calçado MICAM, em Milão.

Salientando que o executivo pretende “concluir o processo de negociação e contratar as 53 agendas a muito breve prazo”, Pedro Cilínio explicou: “No âmbito do PRR temos uma regra de adiantamento de 13% e, com uma negociação com o colega da área do Planeamento e com a estrutura de missão Recuperar Portugal, identificámos a possibilidade de aumentarmos em 10 pontos percentuais o nível de adiantamento inicial que as agendas podem receber”.

De acordo com o secretário de Estado, este reforço “terá de ser feito em dois momentos, por questões de gestão de tesouraria”.

“Porque nós vamos receber 13% inicialmente e o que podemos fazer é aplicar esses 13% e ir buscar uma nova tranche de adiantamento para entregar às empresas”, detalhou.

Segundo Pedro Cilínio, “isto permite, no global, que num prazo a seguir à contratação, no máximo, de três meses, uma agenda terá 23% do dinheiro do PRR na sua mão para dar o músculo de execução a estes projetos que é muito importante”.

A agência Lusa viajou a convite da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS)

Por Patrícia Dinis, enviada da agência Lusa

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