Foi preciso esperar quase ano e meio. Desde setembro de 2021, quando goleou o Besiktas na Turquia, que o Sporting não marcava quatro golos longe de Alvalade. A façanha repetiu-se esta quinta-feira, com a goleada frente ao Midtjylland na Dinamarca que valeu o apuramento para os oitavos de final da Liga Europa.

A equipa que continua em busca do caminho direto para o Pote de ouro (a crónica do Midtjylland-Sporting)

Depois do empate em Alvalade na semana passada, os leões beneficiaram de uma superioridade numérica muito embrionária para não precisarem de transpirar muito para continuar nas competições europeias. O Sporting mantém um registo perfeito na Dinamarca, já que nunca sofreu golos em território dinamarquês, e carimbou a terceira vitória consecutiva fora de casa — algo que não acontecia há 10 meses. 

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Pelo meio, e depois de duas temporadas seguidas na fase de grupos da Liga dos Campeões, os leões estão de regresso aos oitavos de final da Liga Europa: onde não estavam há quatro anos, na infame época 2017/18 em que acabaram eliminados pelo Atl. Madrid na ronda seguinte e na antecâmara da invasão à Academia de Alcochete. Na zona de entrevistas rápidas, Rúben Amorim reconheceu que “tudo correu bem”.

“Parece-me que tudo nos correu bem mas fizemos por isso. Mesmo assim, temos a situação do Edwards isolado no meio-campo, temos de fazer melhor e não conseguimos. Foi muito por aí que o adversário nos criou perigo, em cantos. Mesmo assim, podemos fazer melhor. A expulsão depois facilitou o jogo”, começou por dizer o treinador dos leões.

Mais à frente, Amorim garantiu que “não anda focado” nos aspetos negativos. “Não ando… Da mesma maneira que olho para o outro lado quando perdemos, quando ganhamos faço o mesmo. Temos de ter velocidade, os jogos são stressantes. Queremos outra velocidade e crescer mais. Estou muito feliz pelo resultado e por eles mas não me iludo porque sei que todas as situações do jogo nos ajudaram a ganhar hoje”, acrescentou, terminando com a ideia de que a vitória dá “confiança”.

“Dá mais confiança, sim. Mas mesmo assim, contra 10, o Adán tira uma bola… Temos campo aberto para marcar mais e não marcámos. Controlámos o jogo”, concluiu o técnico leonino.