A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) anunciou esta sexta-feira que ajudou a acolher quase seis mil refugiados ucranianos desde março de 2022, pouco tempo depois de a Rússia invadir a Ucrânia.

Em comunicado, a CVP refere que os refugiados foram colocados em centros de acolhimento de emergência e que apenas no centro da Costa da Caparica (Setúbal), de abril a dezembro de 2022, estiveram pessoas de oito nacionalidades diferentes, todas deslocadas de território ucraniano.

“Desde o início da guerra na Ucrânia, a CVP já recolheu mais de sete milhões de euros, através de donativos de privados e de empresas. O dinheiro serviu para apoiar a população afetada pelo conflito e responder às necessidades básicas de quem perdeu as suas casas e bens”, anunciou também a CVP, adiantando que com esses donativos mais de 346 mil pessoas em toda a Ucrânia receberam apoio monetário.

A CVP referiu que ainda ajudou de forma direta mais de um milhão de pessoas deslocadas ou que residem em áreas afetadas pelo conflito, que receberam bens essenciais, alimentação e ‘kits’ de higiene.

“O trabalho no terreno permitiu também que 103 mil pessoas continuassem a receber medicação para doenças crónicas e prestar apoio psicológico a 1.528 adultos e crianças”, refere o comunicado.

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Lembrando ter trabalhado em medidas de apoio como oportunidades de trabalho e soluções de alojamento, a CVP acrescentou que enviou duas ambulâncias “para apoiar as populações afetadas, que permitiram aumentar a capacidade de resposta médico-sanitária no terreno”.

Pelo menos 8.006 civis morreram e 13.287 ficaram feridos nos últimos 12 meses na Ucrânia, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.