O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou este domingo que o partido vai obter um “grande resultado eleitoral” nas eleições regionais da Madeira, que se realizam este ano, com mais votos e deputados eleitos.

“Com confiança, com determinação e, acima de tudo, com a razão, vamos construir um grande resultado eleitoral, o resultado que interessa aos madeirenses e porto-santenses, com mais votos, mais força e mais deputados eleitos pela CDU [coligação PCP/PEV]”, declarou Paulo Raimundo, na sessão de encerramento do XI Congresso do PCP/Madeira, no qual Edgar Silva foi reeleito coordenador regional.

O secretário-geral comunista defendeu que nas próximas eleições legislativas regionais, que ainda não foram marcadas pelo Presidente da República, “o reforço da CDU é a condição mais segura para dar mais voz aos trabalhadores e ao povo, dar mais força à realização das suas aspirações e direitos, tornar mais viável e próxima a solução e resposta aos problemas”.

“Sim, somos a força de uma verdadeira alternativa e, eles, os que querem perpetuar a política de direita, bem o sabem. Por isso atacam-nos, falsificam as nossas posições e ocultam a nossa iniciativa”, considerou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na perspetiva de Paulo Raimundo, na Madeira, “tal como na República”, o “PS, por sua opção, não descola das opções de PSD, CDS, Chega e IL”.

“As grandes associações patronais, os negócios da zona franca, os projetos especulativos e as clientelas encontram neste PS, como encontram no PSD e no CDS [que lideram o executivo regional], o mesmo aconchego”, sustentou.

O secretário-geral comunista reforçou que o PCP parte para esta disputa eleitoral “com grande confiança […] pela oportunidade que abre para uma clara afirmação de uma verdadeira alternativa que assegure um novo rumo para o desenvolvimento regional”.

“Vamos, como fazemos todos os dias e ainda com mais força, afirmar a CDU como força da alternativa, com um programa e objetivos que abrem caminho a uma política capaz de construir uma região com progresso e desenvolvimento económico e social”, assegurou.

Paulo Raimundo reconheceu, por outro lado, que o partido tem “muito para fazer para reforçar a organização, em particular nas empresas e locais de trabalho, ir mais longe no recrutamento, cuidar do funcionamento dos organismos e organizações, responsabilizar novos quadros”, assim como fortalecer a sua capacidade financeira, “condição de independência financeira do partido”.

O secretário-geral do PCP referiu ainda vários testemunhos que ouviu no Congresso sobre as dificuldades crescentes resultantes da perda de poder de compra “face a uma inflação que come salários e pensões”, garantindo que a missão do partido é “combater as injustiças e construir a alternativa”.

O XI Congresso do PCP/Madeira, no qual Edgar Silva foi reeleito por unanimidade coordenador regional, decorreu no sábado e hoje, numa unidade hoteleira, no Funchal.