O túnel do metropolitano de Lisboa fez esta terça-feira a ligação entre as futuras estações da Estrela e de Santos, com o final das escavações, num total de cerca de 1.300 metros, no âmbito da nova linha Circular.

Na presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, e do presidente do Metro de Lisboa, Vitor Domingues dos Santos, as máquinas perfuraram a parede que ainda dividia o túnel entre as duas futuras estações.

“Estamos numa nova fase da obra da linha Circular da extensão linha Amarela. Trata-se de uma obra muito complexa do ponto de vista de engenharia, mas que está a andar a um ritmo positivo”, disse aos jornalistas Duarte Cordeiro durante a visita à obra.

O governante, que tutela os transportes urbanos, lembrou que, em maio passado, esteve no local para assistir à ligação entre as futuras estações do Rato com a Estrela e esta terça-feira, entre a Estrela e a zona de Santos, estimando que a obra termine “em outubro de 2024”.

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O ministro do Ambiente frisou igualmente o “grande investimento” que está em curso, “importante para o ambiente e para os objetivos do país em termos de alterações climáticas”, salientando que se procura ter mais “45 milhões de viagens por ano” e uma redução de emissões de “cerca de 30 mil toneladas de CO2 equivalente”.

Segundo o governante, está em causa um investimento de mais de mil milhões de euros, que vai alargar a rede em 18 quilómetros, entre a extensão da linha Amarela, a extensão da linha Vermelha e a nova linha Violeta, que vai ligar Loures e Odivelas.

Duarte Cordeiro espera que a extensão na linha Vermelha e a futura linha Violeta terminem no final de 2026, reiterando que a linha Vermelha deve “entrar em obra até final do ano” e, no caso da linha que irá ligar Loures a Odivelas, a avaliação de impacto ambiental, “que está agora a terminar”, deverá permitir “lançar concurso no primeiro semestre deste ano”.

A linha circular vai ligar a estação do Rato (linha Amarela) ao Cais do Sodré (linha Verde), numa extensão de mais dois quilómetros de rede e duas novas estações — Estrela e Santos, unindo as linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa.

Questionado sobre a expansão da rede e o número de trabalhadores que serão necessários, Duarte Cordeiro, através de uma resposta do presidente do conselho de administração do Metro de Lisboa, avançou que irá haver “um reforço de 400 pessoas até ao final do plano de investimentos”, em 2026.

Quanto aos solos contaminados encontrados nas obras do metro na zona de Santos, o ministro do Ambiente garantiu que “todos os aspetos identificados são devidamente encaminhados para tratamento”, não adiantando mais pormenores.

O prolongamento das linhas Amarela e Verde, tendo em vista a linha circular, tinha em 2018 um investimento de 210 milhões de euros, tendo, entretanto, subido para 331,4 milhões de euros cofinanciados em 137,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental, em 103 milhões de euros pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR — Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e em 91,2 milhões de euros pelo Orçamento do Estado.