O ministro da Administração Interna (MAI) cabo-verdiano, Paulo Rocha, classificou esta quarta-feira o homicídio à facada de uma criança de 6 anos por um adolescente de 13 anos, na Praia, como um ato de “violência pura” e um “drama”.

“Eu não tenho muitos comentários, a não ser que é um drama. É claramente um ato que decorre de uma violência inusitada. Não é um ato de criminalidade, é violência pura. Existirão muitas explicações, certamente”, afirmou Paulo Rocha, questionado pelos jornalistas à margem da sessão de encerramento XI Curso de Formação Inicial de Agentes da Polícia Nacional, que decorreu esta quarta-feira na Praia.

Um adolescente de 13 anos matou à facada uma criança de 6 anos, na cidade da Praia, alegadamente por um comentário sobre uma tatuagem do mais novo, num caso que está a chocar a sociedade cabo-verdiana.

O caso aconteceu na segunda-feira à tarde, no bairro da Jamaica, arredores da capital cabo-verdiana, quando as duas crianças estavam sozinhas e o maior terá desferido golpes de faca na criança por alegadamente esta ter feito comentários sobre uma tatuagem, de acordo com fontes policiais.

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“Lamentamos profundamente estas duas vidas, a vida humana e este adolescente que agora terá de necessariamente ver-se a braços com a Justiça, de menores. Mas é de lamentar profundamente este drama, o drama da família, o drama da vida, o drama da comunidade“, comentou Paulo Rocha.

Depois de cometer o crime, o adolescente, ainda com a arma na mão, foi entregar-se à Polícia Judiciária (PJ), cujas instalações ficam no bairro vizinho de Achada Grande Frente.

O menor foi levado para o Centro Educativo Orlando Pantera, que recebe crianças e jovens em conflitos com a lei, até ser apresentado ao tribunal, para aplicação das medidas socioeducativas.