O Comité de Ética da Câmara de Representantes norte-americana anunciou esta quinta-feira ter aberto uma investigação ao congressista republicano de Nova Iorque, George Santos, que admitiu ter falsificado significativas partes do seu currículo quando se apresentou às eleições.

A abertura da investigação foi votada no início da semana e o Comité anunciou que vai analisar se Santos se pode ter “envolvido em atividades ilegais em relação à sua campanha para o Congresso em 2022”.

O comité acrescentou ainda que também analisará se Santos foi honesto nos formulários de divulgação financeira, se pode ter violado leis de conflito de interesses e alegações de má conduta sexual de uma pessoa que procurou emprego no seu gabinete.

George Santos anunciou em 31 de janeiro que iria abandonar temporariamente as duas comissões do Congresso nas quais participava, um dia depois de se ter reunido com o presidente da Câmara de Representantes, Kevin McCarthy.

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Por causa das várias investigações por parte dos procuradores sobre as suas finanças pessoais e de campanha e mentiras sobre o seu currículo e antecedentes familiares, George Santos tem enfrentado diversos apelos para que se demita.

As suas comissões não eram das mais importantes, tratando-se da Comissão de Pequenas Empresas e Comissão de Ciência, Espaço e Tecnologia. As questões em torno de George Santos vão além das suas declarações falsas aos eleitores, relacionando-se também sobre se a sua campanha no Congresso seguiu a lei no seu relatório à Comissão Eleitoral Federal.

Tem havido questões persistentes sobre irregularidades nos relatórios financeiros da sua comissão de campanha e sobre a fonte da riqueza de George Santos.

Se se verificar que a campanha de George Santos fez, consciente e intencionalmente, qualquer “declaração ou representação materialmente falsa, fictícia ou fraudulenta” nos documentos, pode potencialmente enfrentar acusações criminais, segundo a Comissão Eleitoral Federal.

Os democratas têm sido altamente críticos em relação a George Santos.