Um homem suspeito de burla envolvendo contratos de arrendamento foi detido no concelho da Amadora, no distrito de Lisboa, na segunda-feira, informou esta quinta-feira o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Em comunicado, a polícia informa que o suspeito, de 25 anos, foi “detido em flagrante” pela Divisão Policial da Amadora, quando tentava fazer um segundo contrato de arrendamento para a mesma habitação.

Questionado pela polícia sobre os documentos de propriedade da habitação, o suspeito “acabou por admitir que não era sua propriedade e que tinha sido arrendada por um amigo”, informação confirmada posteriormente junto do dono do imóvel.

A detenção foi feita na sequência da queixa de um cidadão que se deslocou à esquadra da Brandoa “para informar que tinha sido vítima de burla com um contrato de arrendamento de uma habitação e que estariam mais pessoas a ser burladas naquele preciso momento”.

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Segundo contou à PSP, o queixoso deu um sinal de 800 euros para arrendar a habitação em questão, mas apercebeu-se de que o suposto proprietário a mostrou a “mais pessoas” depois de ter celebrado o contrato.

A polícia deslocou-se ao local, onde o suspeito e dois cidadãos preenchiam outro contrato de arrendamento, tendo confirmado a existência de “dois contratos de arrendamento referentes à mesma habitação, com arrendatários diferentes”.

Os dois cidadãos que estavam com o suspeito estavam prestes a fazer uma transferência monetária no valor do sinal solicitado, que acabou por não acontecer devido à chegada da PSP.

Ainda em presença da polícia, “apareceram mais pessoas que tinham agendado uma visita com o suspeito para um possível arrendamento”.

A PSP apurou que a morada que constava nos contratos de arrendamento não era a mesma da habitação em questão estando a ser usada uma outra, sem que os respetivos proprietários soubessem e que o suspeito tem “quatro anúncios diferentes de arrendamento de habitação e de quarto na plataforma digital OLX, não sendo proprietário de nenhum deles”.

A PSP recebeu queixas de mais quatro pessoas sobre o mesmo suspeito e pelo mesmo crime, estimando que este tenha angariado um total de 4.500 euros.