O PSD pediu esta quinta-feira a audição parlamentar urgente do ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, da administração da CP, sindicatos e utentes da linha de Sintra sobre o “grave incidente” com um comboio lotado.

O grave incidente na linha de Sintra, ocorrido na noite de ontem, que levou à paragem de um comboio sobrelotado e à saída de passageiros para a linha, é uma imagem que julgávamos possível apenas num país do terceiro mundo”, referem os sociais-democratas, num requerimento dirigido ao presidente da Comissão de Economia.

O PSD considerou que esta degradação do serviço de transporte ferroviário suburbano “prejudica gravemente os utentes com consequências para o funcionamento da rede de transportes metropolitanos”.

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O Programa de apoio à redução tarifária, que permitiu a diminuição do preço dos passes, criou, justamente, a expectativa de maior utilização dos transportes públicos”, apontam os deputados, lamentando que a degradação da oferta “frustre o convite à utilização dos transportes públicos e desrespeite os utentes”.

Para o PSD, o incidente de quarta-feira à noite “constitui a expressão dos problemas nos transportes públicos suburbanos que afeta centenas de milhares de cidadãos deve merecer a atenção da Assembleia da República e exige esclarecimentos”.

Por essa razão, o PSD requer a audição urgente do Conselho de Administração da CP, da Comissão de Utentes da linha de Sintra, dos sindicatos do setor e do ministro do Ambiente e Ação Climática, que tutela os transportes urbanos e suburbanos.

Um comboio da CP que seguia lotado na quarta-feira, dia de greve de trabalhadores da empresa, ficou parado mais de uma hora a um quilómetro da estação de Benfica, em Lisboa, com alguns passageiros a sentirem-se mal, conforme disse à Lusa fonte policial.

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A CP — Comboios de Portugal anunciou entretanto que iniciou uma avaliação interna sobre o incidente, durante o qual um passageiro acionou o sinal de alarme.

Este comboio, que fazia a ligação Lisboa-Sintra, estava previsto nos serviços mínimos decretados para a greve de quarta-feira e circulava “com um atraso de 45 minutos em consequência do auxílio prestado a passageiros na viagem imediatamente anterior”, salientou ainda a transportadora.