A Renault, que tem no Megane E-Tech o seu eléctrico mais moderno e eficiente, por ser também o primeiro que recorre a uma plataforma específica para veículos a bateria, maximizando assim o potencial desta tecnologia, parece estar em vias de proceder a alguns ajustes na sua gama. Pelo menos esta é uma conclusão possível a retirar do facto de, em Espanha, um dos maiores mercados europeus e onde a marca francesa tem uma forte presença, ter desaparecido do configurador a versão mais barata do Megane eléctrico, precisamente a equipada com uma bateria mais pequena (40 kWh) e um motor de 131 cv (96 kW).

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A ausência em Espanha da versão de acesso à gama, denominada Equilibre e proposta nesse mercado por 36.600€ (36.750€ em Portugal), foi explicada  pela reduzida procura de que era alvo, com a esmagadora maioria dos clientes a preferirem o Megane E-Tech com bateria de 60 kWh e motor de 218 cv (160 kW). Os utilizadores deste tipo de veículos mostraram-se atraídos pela maior autonomia, de 450 km entre recargas em vez de 300 km, e pela maior rapidez nos carregamentos (130 kW em vez de 85 kW), apesar disso exigir um investimento superior em cerca de 6600€, o que equivale a cerca de mais 18% face ao Megane E-Tech Equilibre.

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Para já, esta parece ser uma decisão exclusiva do mercado espanhol, uma vez que no configurador português, a Renault continua a oferecer o Megane E-Tech Equilibre (40 kWh e 131 cv) por 36.750€, como alternativa aos Megane E-Tech Techno (60 kWh e 218 cv) por 44.750€ e Megane E-Tech Iconic (60 kWh e 218 cv) por 48.500€. Mas conhecendo a ligação entre os dois mercados ibéricos, é de seguir com atenção a evolução deste emagrecimento da gama nos restantes mercados europeus, com ênfase para o português. Tanto mais que o nosso país figura no top 5 dos que mais vendem Megane E-Tech (em volume), onde o peso da versão mais barata com bateria de 40 kWh é meramente residual.