Um novo centro de acolhimento temporário vai “nascer” em Évora, num investimento previsto de 750 mil euros, com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), revelou esta segunda-feira o presidente da câmara municipal.

O projeto, indicou à agência Lusa o presidente do Município de Évora, Carlos Pinto de Sá, resulta de uma parceria estabelecida entre a autarquia e a Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME) e cuja candidatura ao PRR já foi aprovada.

O futuro centro vai ser criado no edifício do antigo Lar dos Pinheiros, na periferia da cidade, que voltou à posse da câmara depois de ter estado cedido à Segurança Social, disse o autarca.

“Voltámos a tomar posse do edifício e entendemos transformá-lo, através de um acordo com a Misericórdia de Évora, num centro de abrigo temporário para sem-abrigo e outras pessoas que tenham necessidade”, referiu.

Enquanto esteve cedido à Segurança Social, “não houve cuidado com a segurança e o edifício foi vandalizado”, argumentou Pinto de Sá, realçando que, agora, “é necessário recuperá-lo, adaptá-lo e prepará-lo para a nova função”.

“Essa é a obra que está prevista, sendo que a câmara garante a empreitada e, depois, entregará a gestão do centro à SCME”, disse. O objetivo é que a intervenção comece “durante este ano”, para o centro abrir portas em 2024, acrescentou.

O novo centro, sublinhou o autarca, visa dar resposta habitacional a “situações de emergência” em que pessoas ou famílias “possam ser acolhidas durante um determinado período, até uma instalação definitiva”.

“Será um centro que permitirá que pessoas sem-abrigo possam ter um acolhimento temporário até se encontrar uma solução definitiva“, indicou, exemplificando que esta resposta social também poderá receber “imigrantes ou pessoas que são despejadas”.

Quanto ao investimento previsto, o presidente do município alentejano indicou que, devido às “incertezas nos concursos da área da construção civil”, o valor que está “referenciado” ronda os “750 mil euros”.