Um possível tiro de partida para a corrida à Câmara Municipal de Lisboa. Depois de Marta Temido ter admitido que uma possível candidatura autárquica não está completamente excluída, Carlos Moedas foi esta terça-feira confrontado com a ameaça que representaria a entrada em cena da antiga ministra da Saúde. E mesmo recusando entrar em grandes debates públicos, o autarca não deixou de recordar aquilo que considera ser o cadastro de Temido enquanto governante.

“A única coisa que conheço de Marta Temido é o seu papel enquanto ministra da Saúde e o que vemos é que há quase um milhão e meio de portugueses que não tem médico de família”, cortou Carlos Moedas, já depois de ter tido que “os portugueses estão cansados desta política de quem é quem”.

Numa visita aos Serviços Sociais e Clínicos da Câmara Municipal de Lisboa, o autarca foi questionado sobre a entrevista de Marta Temido, na qual a antiga ministra da Saúde admitiu que, uma vez  algo que sendo ela atual presidente da concelhia do PS em Lisboa, uma candidatura autárquica “pode acontecer”.

O nome de Marta Temido como candidata dos socialistas para enfrentar Moedas em 2025 foi até já considerado “inevitável” por dirigentes do PS/Lisboa, como Pedro Costa, filho do primeiro-ministro e presidente da junta de freguesia de Campo de Ourique, em entrevista ao Observador.

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Sobre tudo isto, Carlos Moedas insistiu que preferia “não fazer qualquer comentário sobre putativos candidatos à Câmara Municipal” e que preferia focar o discurso “nos problemas das pessoas”, não em política partidária. Ainda assim, não deixou de lembrar a não atribuição de médicos de família aos portugueses — um dos objetivos que António Costa não conseguiu cumprir.

Durante a visita aos Serviços Sociais e Clínicos da autarquia, Moedas foi também questionado sobre a gestão da TAP e sobre o “virar de página” anunciado pelo governo para classificar de “caos e confusão total” o que se passa na transportadora aérea.

“Se analisarmos de uma forma fria, tudo aquilo que se tem passado mostra confusão, caos e uma incapacidade de olhar para uma empresa e torná-la estável. A TAP precisa de de estabilidade. Para o presidente de Câmara, o mais importante é “haver um novo aeroporto de Lisboa” e que a decisão sobre a localização chegue “ainda este ano”.

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