O PS desafiou as presidentes de câmara do partido a adotarem medidas para reduzir as desigualdades entre homens e mulheres nos domínios da inovação e tecnologia.

O repto é lançado numa carta enviada pelo secretário-geral adjunto do PS, João Torres, e pela secretária nacional para as autarquias, Susana Amador, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que esta quarta-feira se celebra.

Está aqui o desafio que queremos deixar-vos como marca desta data em 2023: nos órgãos a que presidem, promoverem, ao longo de um ano — e, depois, de forma subsequente —, projetos, ações e medidas que contribuam, de forma decisiva e inequívoca, para que, nos domínios da Inovação e da Tecnologia, se reduzam as desigualdades entre Mulheres e Homens”, lê-se no texto.

Citando dados da Organização das Nações Unidas, João Torres e Susana Amador referem que, atualmente, “37% das mulheres não utilizam a Internet e 259 milhões de mulheres têm menos acesso à Internet do que os homens, apesar de representarem mais de metade da população mundial”.

Em Portugal “esta é, também, uma realidade que urge combater e inverter”, defendem, considerando que quem melhor pode “abraçar este desígnio” são “aquelas que exercem com paixão a política de proximidade”.

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Para João Torres e Susana Amador, as autarquias, os organismos da administração central e o executivo socialista “devem continuar a revisitar o Programa do Governo e a executar os compromissos assumidos no que respeita à Igualdade de Género e ao Combate às Discriminações”.

Com o PS no Governo do país e na maioria das Câmaras Municipais e de outros órgãos autárquicos, vamos continuar a avançar a redução das desigualdades significativas e dos fenómenos de discriminação, que devem ser combatidos por todas aquelas e todos aqueles que acreditam numa sociedade igualitária e digna”, prometem os dois dirigentes, apontando a “igualdade salarial” e a “maior representação das mulheres em cargos de liderança”, tanto no setor público como privado, como objetivos a atingir.

O PS, tendo consciência do caminho que há para percorrer, orgulha-se das medidas progressistas que implementou em muitos destes domínios, querendo continuar a promover políticas que nos coloquem, também aqui, numa posição cimeira em termos europeus e mundiais”, conclui a missiva.