Três ativistas pelo clima foram ouvidos esta quinta-feira no Tribunal da Cidade do Vaticano por terem danificado uma antiga estátua em mármore no Museu do Vaticano, noticiou a Catholic News Agency.

O incidente remota a 18 de agosto de 2022. Nesse dia, os três membros do grupo Ultima Generazione (“Última Geração”) colaram as próprias mãos à base do conjunto escultórico conhecido como Laocoonte e Seus Filhos, produzido talvez no século I a.C., para alertar para a “emergência climática”.

Segundo a mesma agência de notícias, os ativistas pelo clima foram acusados de danificar a obra através do uso “de adesivo sintético particularmente resistente e corrosivo”. Podem ser condenados a cumprir penas de até três anos de prisão e a pagar multas de mais de três mil euros.

Laocoonte e Seus Filhos, de autoria desconhecida, foi descoberta em 1506 no Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma. A peça, uma das mais famosas da Antiguidade tardia em Roma, foi imediatamente identificada como sendo a obra-prima referida por Plínio, o Velho. O Papa Júlio II mandou-a transportar para o Vaticano, onde foi exposta no Pátio das Estátuas.

A escultura, que Plínio diz ter sido produzida por um grupo de artistas de Rodes, mostra o momento em que o troiano Laooconte, sacerdote de Apolo, e os seus filhos são assassinados por grandes serpentes-marinhas enviadas pelos deuses Atena e Posídon, que estavam do lado dos gregos na Guerra de Tróia. Laooconte tentou avisar os troianos sobre o cavalo de madeira.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR