O Novo Banco decidiu atribuir, aos membros do Conselho de Administração Executivo, uma remuneração variável de 1,931 milhões de euros, mas este valor é condicional e está sujeito “à verificação de diversas condições”, segundo o relatório e contas.

No documento, referente aos resultados do ano passado e divulgado, esta sexta-feira, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição revelou que, para o ano de 2022, a “remuneração variável foi atribuída condicionalmente, no montante de 1.931 milhares de euros aos membros do Conselho de Administração Executivo (incluindo membros que já não se encontravam em funções no final do ano) e sujeita à verificação de diversas condições”.

Segundo o banco, “este prémio teve como base o desempenho individual e coletivo de cada membro, avaliado pelo comité de remunerações. Esta atribuição não deu origem a quaisquer direitos adquiridos e nenhum pagamento foi realizado a estes membros, estando a mesma sujeita à verificação das condições previstas na política de remunerações”.

Assim, adiantou o banco, “de acordo com a política de remunerações, a remuneração variável atribuída está sujeita ao limite máximo de 100% da remuneração fixa anual de cada membro, 50% da qual é atribuída em numerário e 50% em unidades de remuneração”, referiu.

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O valor destas unidades de remuneração à data da atribuição é de 1 euro “e o seu valor é posteriormente reavaliado, pelo comité de remunerações, no momento do seu pagamento”, sendo que, de acordo com o regulamento das unidades de remuneração, no momento do pagamento, “apenas poderá ser ajustado para um valor menor em relação ao definido no momento da sua atribuição”.

“Não existe qualquer direito adquirido ou certeza quanto ao valor final da remuneração variável que será recebido ou quando qualquer dos pagamentos será efetuado”, ressalvou.

De acordo com o relatório, o Conselho de Administração Executivo do banco recebeu 1,736 milhões de euros no ano passado, em remunerações fixas, com 177.988 euros a serem diferidos.

O presidente executivo (CEO), Mark Bourke, recebeu 387.118 euros no ano passado, tendo ficado 107.882 diferidos. Por sua vez, o Conselho Geral e de Supervisão do banco recebeu 1,117 milhões de euros, ficando 37.882 euros diferidos.

O Novo Banco teve lucros de 560,8 milhões de euros em 2022, o triplo dos resultados positivos registados em 2021, divulgou em comunicado ao mercado, na quinta-feira.

Em 2021, o Novo Banco tinha tido pela primeira vez lucros anuais, de 184,5 milhões de euros. Quanto a 2022, a margem financeira cresceu 9,1% para 625,5 milhões de euros e as comissões subiram 3,8% para 293,3 milhões de euros.