A taxa de desemprego da OCDE manteve-se em 4,9% em janeiro, pelo sétimo mês consecutivo neste mínimo desde o início da série em 2001, foi anunciado esta terça-feira.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) precisa que a taxa de desemprego se manteve estável em 12 dos 38 países da OCDE, mas perto do nível mínimo em apenas sete países, incluindo Canadá, França, Alemanha e Estados Unidos.

O número de desempregados diminuiu para 33,2 milhões, permanecendo próximo do mínimo histórico atingido em julho de 2022.

Na União Europeia e na zona euro, a taxa de desemprego manteve-se estável, perto dos níveis mais baixos, em 6,1% e 6,7%, respetivamente. No entanto, Portugal e a Lituânia registaram “aumentos acentuados”, de 0,3 pontos percentuais, refere a organização. Em Portugal, a taxa de desemprego, que registou o mínimo de 5,1% em janeiro de 2001, subiu de 6,8% em dezembro para 7,1% em janeiro deste ano.

A taxa de desemprego manteve-se estável ou diminuiu em metade dos países da zona euro, com o maior declínio a ser observado na Grécia, onde a taxa de desemprego atingiu o nível mais baixo desde dezembro de 2009, regressando à trajetória descendente observada desde janeiro de 2022.

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Fora da Europa, a taxa de desemprego caiu na Coreia e na Turquia, e manteve-se estável, em termos gerais, nos outros países da OCDE não europeus. Pelo contrário, aumentou na Austrália e na Nova Zelândia.

Dados mais recentes mostram que em fevereiro de 2023 a taxa de desemprego subiu para 3,6% nos Estados Unidos, enquanto se manteve inalterada pelo terceiro mês consecutivo em 5,0% no Canadá.

Em janeiro de 2023, a taxa de desemprego das mulheres caiu ligeiramente de 5,2% para 5,1%, agora 0,5 pontos percentuais acima da taxa dos homens, que se manteve globalmente estável. Contudo, o fosso agregado entre homens e mulheres no conjunto da OCDE esconde grandes diferenças entre os países.

Em relação aos homens, a taxa de desemprego das mulheres era mais elevada em 18 países da OCDE, com as maiores disparidades de género registadas na Colômbia, Costa Rica, Grécia, Espanha e Turquia. Em contrapartida, a taxa de desemprego das mulheres era mais baixa em 16 países da OCDE.

Em janeiro de 2023, não se observaram disparidades de género na Áustria, Hungria, México, e Noruega.

A taxa de desemprego da OCDE era geralmente estável para trabalhadores mais jovens e trabalhadores com 25 ou mais anos de idade.