A CP suprimiu quase um quinto dos comboios previstos entre as 24h e as 8h desta quarta-feira, 57 dos 253 programados, devido à greve dos maquinistas da transportadora, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.

A CP – Comboios de Portugal indica que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 23 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 115 e foram suprimidos 24.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 53, tendo sido suprimidos seis.

Quanto aos comboios de longo curso, tal como na terça-feira, realizaram-se todas as ligações (11) previstas até às 8h.

Entre as 00h00 e as 20h00 de quarta-feira, a paralisação levou ainda à supressão de 198 comboios, de um total de 1.191 programados, segundo dados enviados pela transportadora. Assim, foram efetuados 993 comboios, sendo que no serviço de longo curso, de 70 comboios programados foram suprimidos 11 e no regional não se realizaram 77 de 282 estimados.

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Nos urbanos de Lisboa, de 571 programados não se realizaram 81 e no Porto de 237 estimados foram suprimidos 24.

Nos urbanos de Coimbra não se realizaram cinco comboios de 31 programados.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89%, que a estrutura sindical considera “claramente inaceitáveis”.

Os trabalhadores iniciaram a greve à prestação de todo e qualquer trabalho das categorias representadas pelo SMAQ, desde as últimas horas de quinta-feira e até às primeiras horas de sábado.

Desde as 24h de sábado e até às 23h59 da próxima sexta-feira (dia 17), os trabalhadores cumprem uma “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e 30 minutos, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico”.

Segundo o sindicato, desde as 24h de sábado e até às 23h59 de sexta-feira, fazem “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 24h e as 6h, para as de Maquinista ou Maquinista Técnico”, e, entre as 24h de terça-feira e as 23h59 de sexta-feira, “greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas, para as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração”.

O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.

Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.