Há muito que o futuro de Gareth Southgate enquanto selecionador de Inglaterra é discutido. A chegada à final do Euro 2020, embora perdida para Itáila, deu novo fôlego a um treinador que parecia em fim de ciclo — mas a eliminação nos quartos de final do Mundial do Qatar voltou a intensificar as críticas ao antigo central, que é principalmente acusado de não conseguir retirar todo o potencial da melhor geração inglesa das últimas décadas.

Ora, o contrato de Gareth Southgate termina no verão de 2024, na sequência do próximo Campeonato da Europa, e a ideia de sucessão voltou a estar em cima da mesa. Principalmente, a ideia de uma sucessão estruturada, pensada e construída — e não uma sucessão de emergência, como quase aconteceu quando o selecionador esteve perto de sair depois do Mundial e tanto Mauricio Pochettino como Thomas Tuchel ainda foram abordados.

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De acordo com o jornal The Telegraph, a Football Association (FA) quer aproveitar o facto de Lee Carsley, atual selecionador dos Sub-21, estar a ponderar deixar a equipa no próximo verão para abraçar o primeiro desafio da carreira enquanto treinador principal de um clube. Uma ausência de experiência que faz com que Carsley, nomeado selecionador dos Sub-21 em julho de 2021 depois de ter passado pela formação do Manchester City e do Birmingham, nem sequer seja opção para suceder a Gareth Southgate.

Com o lugar de Lee Carsley vago, a FA quer abordar Frank Lampard e/ou Steven Gerrard sobre o cargo — e, a partir daí, preparar internamente um eventual eleito, já dentro das estruturas da Federação, com o objetivo de uma subida à Seleção A no verão de 2024 e depois do Campeonato da Europa. Ambos os treinadores estão sem clube atualmente — Lampard foi despedido do Everton, Gerrard foi despedido do Aston Villa –, são antigas referências de Inglaterra e foram capitães da seleção inglesa, dados que engrossam o interesse da FA.

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Ainda assim, não é certo que Lampard ou Gerrard estejam interessados no cargo. Não só por ser uma aparente despromoção, porque os Sub-21 são normalmente orientados por treinadores com pouca experiência ao mais alto nível, mas também porque teriam de aceitar um salário consideravelmente inferior àqueles que encaixaram nos últimos clubes que representaram. A solução de recurso da FA, de acordo com o Telegraph, é Scott Parker — outro antigo internacional inglês que já orientou Fulham e Bournemouth e que foi recentemente despedido do Club Brugge depois da pesada goleada sofrida contra o Benfica na Liga dos Campeões.