O antigo ministro da Educação Eduardo Marçal Grilo desistiu de integrar o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, cargo para o qual já tinha sido eleito, depois de a sua escolha ter suscitado duras críticas da Comissão de Trabalhadores. Perante os comunicados do órgão, que encarou a escolha como uma prova da falta de independência política do CGI e chegou a referir-se ao ex-governante como “outro ex-ministro octogenário”, Marçal Grilo bateu com a porta: “Já não tenho idade nem paciência”.

À primeira vista, estava tudo encaminhado para a indigitação de Marçal Grilo, que foi ministro da Educação no primeiro Governo de António Guterres e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, para o órgão que fiscaliza e supervisiona o Conselho de Administração da RTP.

O nome proposto pelo Conselho de Opinião da televisão pública (que indica dois representantes de um total de seis para o órgão — outros dois são escolhidos pelo Governo e os últimos dois são cooptados pelos restantes) foi aprovado com 24 votos favoráveis (de um total de 31 membros) e recebeu um parecer positivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), ao qual o Observador teve acesso.

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