Os preços na produção industrial mantiveram a tendência de desaceleração, ao passarem de um crescimento homólogo de 10,4% em janeiro para uma subida de 8,8% no mês de fevereiro, anunciou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O aumento homólogo do índice de preços na produção industrial “foi de 8,8% em fevereiro, taxa inferior em 1,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, prolongando o abrandamento dos preços na indústria, após o pico de 25,5% registado em junho de 2022, salienta o INE.
No caso de ser excluído o agrupamento da energia, os preços na produção industrial aumentaram 10,5%, contra uma subida de 12,2% no mês anterior, salienta o INE.
De acordo com o INE, o agrupamento de bens intermédios foi o que “mais abrandou”, passando de um aumento de 11,8% em janeiro para 9,2% em fevereiro, contribuindo com menos 1,0 ponto percentual (p.p.) para a desaceleração do índice total.
Em relação ao agrupamento de bens de consumo, com uma subida homóloga de 14,7% em fevereiro (16% em janeiro), deu o contributo “mais intenso” (4,2 pontos percentuais) para o ritmo de crescimento observado no índice agregado.
O agrupamento de energia, por seu turno, apresentou um aumento homólogo de 3,3%, contra 4,1% no mês anterior.
Sem este agrupamento, a subida do índice global foi de 10,5%, que compara com o aumento de 12,2% no mês de janeiro deste ano.
Em termos mensais, o índice de preços na produção industrial apresentou uma subida de 1,2% em fevereiro (2,7% em igual período de 2022), mantendo a “forte influência” do agrupamento de energia, cujo aumento foi de 6,6% (7,4% em igual período de 2022), originando um contributo de 1,4 pontos percentuais (p.p.) para o crescimento do índice total, assinala o INE.