Presença na última fase de grupos da Liga dos Campeões. Participação numa das maiores ligas europeias. Experiência e títulos conquistados nas principais competições. Jogadores internacionais pelas melhores seleções mundiais. Só havia uma equipa que juntava todos estes predicados nos quartos da Liga Europa, a Juventus, e foi essa mesmo a equipa que cruzou com o Sporting nos quartos da Liga Europa. Todavia, até à luz da passagem em Londres frente ao Arsenal (com Adán a ser considerado o Jogador da Semana e Pedro Gonçalves a ganhar o Melhor Golo), nem isso parece melindrar a confiança leonina nesta 11.ª participação nesta fase de uma prova europeia, a sétima olhando apenas para a Taça UEFA/Liga Europa.

“Foi mais um sorteio com uma equipa muito experimentada nas competições europeias, muito mais do que nós nos últimos anos, que tem um conjunto excelente mas isso não inibe que possamos ter as nossas possibilidades. Temos de encarar como temos vindo a encarar todos os jogos das competições europeias, primeiro na fase de grupos da Liga dos Campeões e agora na Liga Europa. Temos algum tempo ainda para preparar esse jogo, mais importante agora serão os jogos da Primeira Liga. Acredito que vamos estar preparados e bem para esses encontros também. Jogando primeiro fora, os nossos adeptos estarão em peso em Turim como estiveram agora com o Arsenal. Os nossos jogadores vão estar à altura”, comentou Hugo Viana, diretor desportivo do conjunto verde e branco, em declarações feitas à Sporting TV.

“Vai ser um bom jogo contra um adversário forte, provaram-no ontem [quinta-feira] frente ao Arsenal, que era um dos candidatos à conquista do troféu. O Sporting vem também de uma má fase de grupos da Liga dos Campeões, pelo que vai querer estar bem nesta competição como nós. É um sorteio difícil. Enfrentamos uma equipa jovem e forte, mesmo que esteja atrás do Benfica no Campeonato. Se formos bons o suficiente para seguir em frente, enfrentamos o Manchester United ou o Sevilha. Somos a Juventus, temos o dever de lutar até ao fim. Os outros também vão ficar preocupados, porque somos competitivos como um todo”, salientou Gianluca Pessotto, ex-lateral que é hoje coordenador da formação da Vecchia Signora.

E há um dado curioso entre toda a experiência europeia de ambos os conjuntos: cruzaram apenas por uma vez nas provas da UEFA, na fase de grupos da Liga dos Campeões de 2017 que terminou com os transalpinos a frustrarem as possibilidade de apuramento para os oitavos do Sporting de Jorge Jesus com uma vitória em Turim carimbada a seis minutos do final por Mandzukic (2-1) e um empate em Alvalade com um golo de Higuaín no último quarto de hora que deixou os leões na terceira posição (e na Liga Europa, etapa que acabou com uma eliminação nos quartos de dois jogos polémicos no clube com o Atl. Madrid).

Olhando para a atual temporada, a classificação da Juve na Serie A acaba por “enganar” face à realidade do jogo jogado: apesar de ter rendimento desportivo para ocupar nesta altura o segundo lugar do Campeonato, a sanção de 15 pontos aplicada no âmbito da operação Prisma deixa nesta altura os bianconeri na sétima posição sem grandes hipóteses de lutar pelos quatro primeiros (embora exista ainda um recurso nesta fase a decorrer), sendo que uma vitória na Liga Europa surge como passaporte alternativo para garantir o encaixe financeiro da Liga milionária em 2023/24, de onde saiu esta temporada num grupo com PSG… e Benfica.

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