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A China voltou esta segunda-feira a negar que tencione fornecer armamento à Rússia, depois de a imprensa norte-americana ter indicado que Pequim está a considerar enviar artilharia e munições para Moscovo.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, afirmou que “não é a China” que fornece armas, mas sim os Estados Unidos, e aconselhou Washington a “parar de colocar lenha na fogueira e apontar o dedo a outros países e coagi-los”.

As declarações do porta-voz surgem no mesmo dia em que o presidente chinês, Xi Jinping, chega a Moscovo para uma visita de três dias. Xi vai reunir-se com o homólogo russo, Vladimir Putin.

Putin e Xi Jinping, amigos “sem limites”, encontram-se na segunda-feira para debater “cooperação russo-chinesa na arena internacional”

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A cadeia de televisão norte-americana CNN avançou que soldados ucranianos encontraram no seu território os restos do que aparentemente é um drone de uso civil fabricado por uma empresa chinesa.

A publicação POLITICO alegou que empresas chinesas, incluindo uma “ligada ao governo de Pequim”, enviaram 1.000 fuzis de assalto e outros equipamentos que podem ser usados para fins militares.

Outros órgãos de comunicação norte-americanos, incluindo o The Wall Street Journal e a NBC News, garantiram que, de acordo com fontes do governo dos EUA, as autoridades chinesas estão a considerar fornecer assistência militar à Rússia.

As fontes citadas indicaram que ainda não ocorreram embarques.

“Os Estados Unidos devem desempenhar um papel construtivo para encontrar uma solução política para o conflito na Ucrânia”, disse Wang, acrescentando que a “China sempre manteve uma posição objetiva e imparcial sobre a ‘questão’ ucraniana: exortar à paz e ao diálogo”.

Pequim acusou os EUA de “alimentar as chamas da guerra” ao “enviar armas letais para a Ucrânia”, depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter assegurado que a China “não pode apresentar propostas para a paz enquanto alimenta o fogo aceso pela Rússia”.

Num plano para a paz proposto no final de fevereiro, Pequim destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apelou também para o fim da “mentalidade da Guerra Fria”, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia.