O secretário de Estado da Juventude e do Desporto apelou esta segunda-feira ao “bom senso” na polémica envolvendo os atletas do triplo salto, Pedro Pablo Pichardo e Nélson Évora, esperando que o episódio de conflito “não se repita”.

“Como em todas as crises, tem de imperar o bom senso, esperando que este episódio não se repita. A questão da nacionalização dos atletas foi algo que nunca levantou polémica ou dúvida, é um não assunto“, disse João Paulo Correia, à margem de uma gala do jornal O Gaiense, em Vila Nova de Gaia.

O secretário de Estado considerou que o incidente, em que os dois atletas trocaram acusações sobre as suas prestações desportivas e a obtenção da nacionalidade portuguesa, não passou de um “pequeno conflito entre dois grandes campeões do desporto português”.

Trabalhadores dos Registos e do Notariado desafiam Nelson Évora a denunciar “cunhas”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Todos nós festejámos as conquistas do Pedro Pichardo e do Nélson Évora. Estão na galeria do desporto nacional e merecem a nossa admiração”, completou João Paulo Correia.

O governante fez também um “balanço positivo” do seu primeiro ano de mandato no cargo.

“As áreas que definimos como prioritárias têm resultados à vista. O Governo promoveu o maior financiamento de sempre na preparação olímpica e paralímpica, alargou o apoio às unidades de alto rendimento nas escolas, avançou com o novo regime jurídico das Sociedades Anónimas Desportivas e promoveu a igualdade género no desporto”, detalhou.

João Paulo Correia destacou, ainda, as medidas no “combate à manipulação dos resultados” e no “combate à violência no desporto”, considerando que essa é uma “missão de todos”.

“Nenhuma legislação consegue, por si só, combater e terminar a 100% a violência no desporto. Precisamos muito do empenho de todos os agentes envolvidos. É uma missão para todos os dias e para a qual estamos todos convocados”, apontou o secretário de Estado.

Presidente do COP está “preocupado” com “escalada” entre Évora e Pichardo

O responsável garantiu que há “medidas de força que apostam na prevenção e no combate à violência, que já foram aprovadas no parlamento”, desejando que a frequência e presença de pessoas nos estádios seja cada vez mais segura.

“Não podemos ter pessoas e famílias com receio de ir aos estádios e pavilhões”, completou.