Os Estados Unidos inauguraram esta terça-feira a sua primeira guarnição militar permanente na Polónia, o que, segundo o embaixador norte-americano em Varsóvia, é um sinal de unidade da NATO “perante a agressão russa” à vizinha Ucrânia.

“Isto demonstra que estamos aqui para ficar. Isto indica ao mundo inteiro que os Estados Unidos estão ligados à Polónia e à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental). Estamos unidos perante a agressão russa“, declarou o embaixador norte-americano na Polónia, Mark Brzezinski, numa cerimónia oficial realizada em Poznan, no oeste do território polaco.

Esta guarnição do exército norte-americano, a oitava dos Estados Unidos na Europa (que já tinha cinco na Alemanha, uma na Bélgica e uma em Itália), ficará encarregada de coordenar o apoio às forças norte-americanas destacadas na Polónia e ao conjunto do flanco oriental da NATO estacionado naquele Estado-membro da organização.

Ela foi criada com base numa decisão do Presidente norte-americano, Joe Biden, tomada em 2022, na cimeira da Aliança Atlântica e servirá de quartel-general ao 5.º Batalhão do Exército norte-americano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mais de 10.000 soldados norte-americanos estão atualmente estacionados na Polónia, país pelo qual transita a maior parte do material militar com destino à Ucrânia.

“Apreciamos muito a presença permanente de tropas norte-americanas no nosso país. Apreciamo-lo particularmente na situação em que a Europa se encontra, com uma Rússia que invade a Ucrânia e tenta reconstruir o seu império”, declarou, por sua vez, o ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, na cerimónia.

“O comando avançado do 5.º Batalhão do Exército norte-americano já está operacional — é, portanto, a partir da Polónia que são comandadas as forças terrestres norte-americanas no flanco leste da NATO”, disse ainda o ministro polaco, sublinhando: “A guarnição é importante para a segurança do nosso país, mas também para a segurança do conjunto do flanco oriental da NATO”.

Vários milhares de militares norte-americanos estão estacionados há anos na Polónia e noutros países do flanco leste da NATO, como força dissuasora, mas os seus números e missão aumentaram significativamente devido à guerra da Rússia na Ucrânia, que entrou no seu segundo ano.