A Madeira vai investir 140 milhões de euros no setor agrícola até 2027, no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), anunciou esta terça-feira o Governo Regional, indicando que os apoios para investimentos de pequena dimensão vão duplicar.

O secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Humberto Vasconcelos, explicou que 119 milhões de euros dizem respeito a fundos comunitários e 21 milhões de euros proveem do orçamento da região.

Humberto Vasconcelos falava na sessão plenária da Assembleia Legislativa da Madeira, na qual apresentou esta terça-feira a proposta de decreto legislativo regional para definir as condições de aplicação do Eixo F do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para Portugal à região autónoma.

O governante destacou que o montante máximo de apoio para investimentos agrícolas de pequena dimensão “passa dos 10 para os 20 mil euros“, sendo que os investimentos de média dimensão terão direito a apoios entre os 20 mil e os 100 mil euros e os de grande dimensão podem ultrapassar os 100 mil euros.

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Humberto Vasconcelos defendeu que este é “um diploma de grande importância para o setor agrícola da Madeira”, recordando que faz parte de uma gestão nacional que “visa promover uma atividade agrícola e florestal ainda mais sustentável em todas as regiões de Portugal“.

Durante a apreciação do documento, a deputada socialista Sílvia Silva acusou o Governo Regional (PSD/CDS-PP) de falta de estratégia, apontando que o dinheiro comunitário “não tem faltado”.

Por seu turno, Rafael Nunes, do Juntos pelo Povo (JPP), considerou que, “além do financiamento comunitário”, é necessária “uma nova postura do Governo Regional“.

No mesmo sentido, o deputado único do PCP, Ricardo Lume, criticou que a Madeira aproveite “fundos comunitários não para garantir um melhor proveito para os agricultores, mas sim para dar proveitos aos intermediários”.