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Xi Jinping, o Presidente chinês, passou o segundo dia em Moscovo e mostrou vontade em “aprofundar as relações” com a Rússia. Este é um dos destaques noticiosos do 391º dia de guerra na Ucrânia, dia em que a Rússia acusou a Ucrânia de ter usado drones “kamizake” para explodir um comboio de artilharia, acabando com ferir civis.

Da economia às críticas aos EUA, Xi Jinping apoia Putin “sem limites”. Guerra na Ucrânia é a exceção

Veja um resumo dos outros acontecimentos neste dia.

O que aconteceu durante a noite?

  • O Presidente Zelensky assinalou  um ano desde que foram alcançadas as primeiras vitórias ucranianas frente às forças russas, lembrando a batalha de Moshchun: o “primeiro grande passo do nosso país rumo à vitória nesta guerra”. Zelensky garantiu que vão obter os mesmos resultados no Donbass e na Crimeia.
  • O Pentágono confirmou que está a acelerar a entrega dos prometidos tanques Abrams à Ucrânia. Vai optar, assim, por enviar os modelos M1A1 que possui em stock, em vez da versão mais recente, os M1A2.
  • Os Estados Unidos não concordam com a possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia na fase atual do conflito, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. Segundo John Kirby, daria à Rússia “tempo e espaço” para recuperar.
  • Os bombardeamentos e combates na cidade de Bakhmut e arredores, leste da Ucrânia, estão a intensificar-se com elevado custo para os civis que permanecem na região, alertou o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
  • O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, chegou esta terça-feira à capital ucraniana para um encontro com o Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky acolheu o “amigo de longa data da Ucrânia”, aceitando o convite do Japão para participar através de videoconferência na próxima cimeira do G7, marcada para maio.
  • O Presidente Volodymyr Zelensky revelou ter proposto à China conversações sobre a fórmula de paz ucraniana e aguarda a chegada de uma resposta de Pequim.
  • O comissário ucraniano para os Direitos Humanos, Dmytro Lubinets, revelou que 15 crianças que foram levadas de territórios que estiveram sob ocupação russa regressaram à Ucrânia. “Finalmente em casa”, afirmou, acrescentando que já foi possível recuperar 308 crianças deportadas à força.

O que aconteceu durante a tarde?

  • O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que qualquer guerra acaba sempre com a paz. O representante russo respondia a uma questão dos jornalistas sobre um possível desfecho da guerra na Ucrânia, que se prolonga há mais de doze meses.
  • O Reino Unido indicou que algumas das munições dos tanques Challenger-2 que vai enviar para a Ucrânia contêm urânio empobrecido. O Presidente russo afirmou que, nesse cenários, “a Rússia será obrigada a agir”. Já o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, foi mais longe e afirmou que “cada vez menos passos” separam Moscovo e o Ocidente de uma “colisão nuclear”.
  • Vladimir Putin definiu as relações entre a China e a Rússia como estando no “ponto mais alto da História”. “Estamos contentes por ter Xi Jinping na Rússia”, afirmou o Presidente russo, indicando que as negociações foram “bem-sucedidas” e “construtivas”. O chefe de Estado disse ainda que o plano de paz chinês pode ser a “base da resolução pacífica” da guerra na Ucrânia.
  • Já o Presidente da China disse que as reuniões com Putin foram “produtivas” e que a Rússia e a China vão colaborar em vários domínios. “Chegámos a consenso em várias questões”, revelou.

  • O conselheiro do Kremlin, Yury Ushakov, admitiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, pode visitar a China ainda este ano. “Eu penso que há a possibilidade de uma viagem a Pequim este ano”.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que tem notado que a China e a Rússia estão a continuar a “trabalhar juntas” e “construir uma aliança mais forte”. Jens Stoltenberg reafirmou que há provas de que a Rússia já pediu armamento letal à China, mas que, do que sabe até ao momento, Pequim ainda não forneceu a armas a Moscovo.
  • O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, visitou a cidade de Bucha, tendo confessado sentir-se “revoltado” com a “crueldade” a que “assistiu”.
  • “O inimigo tenta entrar no centro da cidade, vindo dos subúrbios, mas as nossas forças defensivas está a destrui-lo, 24 horas por dia, sete dias por semana”, relatou Oleksandr Syrskyi, comandante das forças ucranianas no terreno. Explicou que os ucranianos continuam a resistir em Bakhmut, cidade-símbolo da resistência ucraniana nesta fase da guerra.
  • A União Europeia (UE) disponibilizou mais uma parcela de 1,5 mil milhões de euros do pacote de ajuda macrofinanceira (AMF+) à Ucrânia, aprovado para 2023, após avaliação positiva de Bruxelas.
  • O Ministério da Defesa russo divulgou que intercetou dois bombardeiros norte-americanos B-52H com capacidade nuclear, que sobrevoavam o Mar Báltico. Citado pela Al Jazeera, o Ministério assinalou que os “radares da defesa aérea” do distrito militar ocidental da Rússia “detetaram dois alvos a voar em direção à fronteira da Federação Russa”.
  • Os comentários na rede social Weibo, o equivalente ao Twitter na China, sobre a visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia, foram amplamente filtrados.
  • “O iPhone acabou: ou o deitam fora ou dão às crianças.” As palavras terão sido ditas numa reunião no Kremlin, citadas pelo jornal Kommersant, e revelam que a Rússia vai banir os aparelhos da Apple do governo.

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