A Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) manifestou esta quarta-feira vontade de se encontrar com o Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em agosto, afirmando que o líder da Igreja Católica “não cria barreiras”.

“É interessante ele vir, estar aqui connosco e, se possível, marcar um encontro com as outras confissões religiosas. Estamos prontos para esse encontro. Isso vai depender da logística da Igreja Católica”, disse à Lusa o imã da Mesquita Central de Lisboa, xeque David Munir.

O Papa Francisco, segundo David Munir, “gosta de conviver com as outras crenças e as outras culturas”.

Considerando a JMJ de Lisboa interessante para Portugal, o imã indicou ainda que os muçulmanos portugueses estarão disponíveis para colaborarem no evento.

Jovens ajudam na organização da JMJ, mas ainda há falta de voluntários para o evento

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“Nós falámos e estamos dispostos para, que sempre nos solicitarem jovens da comunidade, estarmos presentes”, sublinhou.

David Munir acrescentou que os participantes estrangeiros também vão visitar a Mesquita Central de Lisboa.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas. As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. A edição deste ano, que contará com o Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia da Covid-19.