A China assegurou esta sexta-feira que “nunca pediu, nem pedirá” a empresas ou indivíduos que violem a legislação de outro país para recolher informações, numa altura em que Washington ameaça banir a rede social TikTok nos Estados Unidos.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, garantiu que o governo chinês “atribui grande importância à proteção da segurança e privacidade dos dados, de acordo com a lei”.

O chefe executivo da ByteDance, o grupo com sede em Pequim que detém a aplicação TikTok, Shou Zi Chew, compareceu na quinta-feira perante uma comissão do Congresso dos Estados Unidos.

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A porta-voz acusou Washington de atribuir culpas ao TikTok, “apesar de não ter oferecido qualquer prova” de que a app constitui uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.

Mao considerou a possibilidade de o TikTok ser banido nos EUA como uma “perseguição política alimentada pela xenofobia”.

O ministério do Comércio chinês afirmou na quinta-feira que Pequim “opõe-se firmemente” a um veto à aplicação.

Segundo vários órgãos de comunicação norte-americanos, Washington informou a empresa de tecnologia chinesa ByteDance que deve vender a sua participação no TikTok. Caso contrário, as autoridades vão banir a rede social nos Estados Unidos.

O ministério do Comércio argumentou que a venda do TikTok “equivaleria a exportação de tecnologia”, o que deve “seguir procedimentos administrativos de licenciamento, de acordo com as leis chinesas”.

Alguns críticos acusaram a ByteDance de ter laços com o Partido Comunista Chinês, embora o TikTok negue aquelas alegações. A empresa diz que não censura conteúdo nem fornece dados ao governo chinês.

A Casa Branca deu recentemente às agências federais dos EUA 30 dias para remover a rede social de todos os dispositivos eletrónicos do governo.

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A Comissão Europeia e o Conselho da União Europeia também proibiram os seus funcionários de usar o TikTok nos seus telemóveis de serviço, por motivos de segurança. A decisão também foi criticada por Pequim.