As autoridades de Macau anunciaram a suspensão, a partir de segunda-feira, da aplicação de código de saúde usada desde o início da pandemia e prometeram apagar os dados pessoais dos residentes da região chinesa.

Num comunicado divulgado na quinta-feira à noite, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus sublinhou que o sistema de código de saúde “será suspenso, mas [a aplicação] não será removida por enquanto”.

O centro, que está sob a tutela dos Serviços de Saúde de Macau, explicou que a aplicação irá manter-se ativa, mas apenas com uma ligação para a marcação de testes de ácido nucleico e outra para a declaração de resultados positivos à Covid-19.

De acordo com dados oficiais, a região administrativa especial chinesa registou 3.515 casos de infeção e 121 mortes pelo novo coronavírus. O centro anunciou na quinta-feira um novo caso de Covid-19, o primeiro desde 24 de fevereiro.

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No comunicado, as autoridades justificam a suspensão da aplicação com o fim, a partir de 14 de março, da obrigatoriedade de apresentar o código de saúde de Macau para pessoas que pretendessem entrar na China continental, após terem estado em Hong Kong.

O centro sublinhou que, após a suspensão, “serão apagados todos os dados pessoais“, incluindo os dados de registo de itinerários e os registos dos estabelecimentos comerciais onde os residentes estiveram.

Durante quase três anos, a população de Macau foi obrigada a utilizar o código de saúde para aceder a todos os edifícios do Estado e a muitos estabelecimentos comerciais, algo que só terminou oficialmente a 08 de janeiro.

Desde meados de dezembro que o território chinês abandonou a política de ‘zero Covid’, com a restrição das entradas no território, aposta em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas.