A comissão parlamentar de inquérito à gestão pública e à tutela política da TAP já agendou as datas das primeiras audições que se realizaram a partir da próxima semana. E uma delas é da presidente executiva da transportadora que quando for ouvida poderá já não estar no cargo.

A audição de Christine Ourmières-Widener foi marcada para 4 de abril.  A gestora enfrenta um processo de demissão por parte do acionista, na sequência de ilegalidades imputadas ao acordo de saída de uma administradora da companhia e o prazo para exercer o contraditório termina na próxima semana, a 28 de março. Só depois é que o acionista público pode, mediante fundamentação, demitir em assembleia geral a presidente executiva e o chairman Manuel Beja.

A audição de Alexandra Reis está marcada para o dia seguinte à da CEO da TAP, 5 de abril. A gestora que foi afastada com uma compensação de meio milhão de euros por iniciativa de Christine Ourmières-Widener ainda não deu esclarecimentos ao Parlamento sobre o tema, ao contrário da CEO da TAP que já foi ouvida na comissão de Economia e Obras Públicas antes de ser divulgada a auditoria da Inspeção-Geral de Finanças.

As audições agendadas para depois do plenário, às 17h00, arrancam na quarta-feira com a Inspeção-Geral de Finanças, liderada por António Ferreira dos Santos, no dia 29 de março, seguida do administrador financeiro da TAP Gonçalo Pires no dia 30. No lote inicial de audições está previsto ainda ouvir Manuel Beja, presidente do conselho de administração da TAP (e também alvo de demissão) o presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, Luís Laginha de Sousa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR