A Comissão Europeia está a debater uma medida que obriga os fabricantes de eletrodomésticos a repará-los durante cinco a dez anos após o fim da garantia. De acordo com o Jornal de Notícias, a regra vai aplicar-se a televisões, máquinas de lavar e secar, aspiradores, frigoríficos e aparelhos de refrigeração, servidores, equipamentos de armazenamento de dados e aparelhos para soldagem.

A reparação é paga pelo cliente se ocorrer depois do fim da garantia, mas a Comissão acredita que, desta forma, os consumidores “terão sempre a quem recorrer”, cita o JN. A medida ainda terá de ser aprovada pela maioria dos eurodeputados no Parlamento Europeu e aceite por unanimidade pelo Conselho Europeu. Se passar,  tem de ser adotada por todos os Estados-membro num prazo de 24 meses — caso contrário, serão multados.

Mesmo com esta medida, os fabricantes não têm de reparar os produtos depois de um prazo fixado para cada produto ou se o arranjo se provar impossível. Segundo o JN, as reparações serão solicitadas numa plataforma eletrónica que esclarecerá o consumidor dos locais, na sua proximidade, onde os arranjos podem ser efetuados.

Para a Comissão, a medida é “um estímulo ao setor da reparação” para ser mais sustentável, cita o JN. E regulamenta também as reparações dentro dos prazos da garantia: se forem mais baratas ou custarem o mesmo que um produto novo, a opção de arranjo tem de ser apresentada ao cliente, que decide a opção que prefere. Mas, se for escolhida a reparação, ela tem de ser acontecer num “prazo adequado”.

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