São inúmeras as empresas vítimas de ciberataques, com os piratas muitas vezes a roubarem segredos internos, para noutros casos serem os dados dos clientes o alvo destes amigos do alheio. Habitualmente, os hackers exigem o pagamento de resgates que oscilam entre um valor elevado e um montante estratosférico, dependendo da dimensão e da exposição da empresa em causa, bem como do tipo de informação roubado. Mas nem sempre as vítimas aceitam pagar, como foi o caso da Ferrari, que preferiu não ceder aos larápios digitais.

O construtor transalpino admitiu publicamente que tinha sido hackeado, mas se disse não ao pagamento do resgate, disse um sonoro sim a uma queixa formal, exigindo uma investigação criminal. Segundo transpareceu, os cibercriminosos não se apropriaram de informações referentes às operações regulares do construtor, mas sim dados relativos aos clientes.

Numa carta enviada a clientes, a que uma publicação teve acesso, o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, informou que os hackers poderão ter tido acesso a informações dos clientes da marca, como emails, moradas e números de telemóveis. O gestor da marca do Cavallino Rampante garantiu ainda à publicação que revelou a carta da marca aos clientes que os hackers não tiveram acesso a dados bancários.

Em vez de ceder às exigências dos criminosos, a Ferrari contratou uma empresa exterior especializada em cibersegurança para identificar os prevaricadores. Informou ainda, no processo, que irão mover com as autoridades uma acção conjunta para punir os hackers.

Mas, até agora, as autoridades não conseguiram identificar os infractores. É bom recordar que esta não é a primeira interacção dos hackers com a Ferrari, uma vez que já em Outubro de 2022 os hackers do RansomEXX atacaram a marca italiana, roubando cerca de 7 GB de documentos.

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