O Ministério da Cultura vai duplicar o apoio financeiro à Casa do Artista, de 50 mil para 99 mil euros por ano, de 2023 a 2025, segundo o protocolo esta segunda-feira assinado com a Apoiarte — Associação de Apoio aos Artistas.

O montante a disponibilizar em 2023, 2024 e 2025 passa a ser de 99 mil euros/ano, num total de cerca de 300 mil euros. Nos termos do anterior Protocolo, o valor anual era de 50 mil euros”, lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Ministério da Cultura, que sublinha “o reconhecimento da importante missão social e cultural desenvolvida pela Apoiarte/Casa do Artista, instituição ímpar no nosso país”.

Se a função de um governante é efémera, limitada no tempo, a natureza do trabalho artístico é intemporal e essencial à construção do futuro”, disse o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, na formalização do protocolo, que se realizou esta manhã na Casa do Artista, em Lisboa.

É obrigação de um ministro da Cultura apoiar as instituições que cuidam dos artistas e que protegem a nossa memória coletiva”, acrescentou Adão e Silva, citado pelo comunicado.

O presidente da Apoiarte, o ator José Raposo, que definiu a Casa do Artista como uma “espécie de berço do teatro” e de outras artes, saudou a ação do Governo como “tão responsável e tão ‘normal'”, por ser “assim mesmo que devem funcionar as instituições”.

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O apoio financeiro à associação é feita através do Fundo de Fomento Cultural, anunciou no sábado o gabinete do ministro da Cultura.

A assinatura realizou-se no Dia Mundial do Teatro, tendo o Governo sublinhado “o crescente investimento na consolidação do Teatro em Portugal: em 2023, o financiamento estatal ao setor soma um total de 33,64 milhões de euros, o que representa um aumento de 27 por cento em relação ao montante atribuído em 2022, de 26,5 milhões de euros”.

Os valores de apoio ao teatro a que o Ministério da Cultura se refere resultam sobretudo dos diferentes programas da Direção-Geral das Artes (DGArtes) e respetivos concursos.