O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, evolui muito positivamente da broncopneumonia que impediu uma viagem de Estado à China que tinha agendada para esta semana, informou esta segunda-feira o Governo.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, médico de profissão, disse que o Presidente “continua em muito bom estado de saúde” e “desde a noite de sábado recebe medicação oral”.

Lula da Silva adia viagem à China por recomendação médica

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Segundo Padilha, Lula da Silva, de 77 anos, vai trabalhar nos próximos dias no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República do Brasil, em Brasília, para diminuir sua exposição e favorecer o processo de reabilitação.

“Deve manter o horário de trabalho, tanto que esta tarde receberá mais ministros. Pelo menos até quarta-feira, ele deve cumprir todos os horários, aqui, no Palácio da Alvorada, por recomendação médica”, acrescentou Padilha.

O chefe de Estado deu entrada no hospital na quinta-feira com sintomas gripais após uma intensa agenda que o levou aos estados da Paraíba e Pernambuco e ao Rio de Janeiro.

Após avaliação clínica, foi-lhe diagnosticado “broncopneumonia bacteriana e viral por gripe A” e iniciou tratamento com antibióticos, na véspera da viagem à China.

A princípio, Lula da Silva adiou o embarque por apenas um dia, mas acabou suspendendo a viagem por tempo indeterminado por recomendação médica.

O Brasil procura agora uma nova data com as autoridades chinesas para realizar esta visita de Estado, na qual Lula da Silva pretendia dar um novo impulso à relação bilateral após os atritos vividos durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).

O Presidente brasileiro viajaria com uma delegação recorde de 240 empresários, alguns dos quais cumpriram suas agendas e seguiram para o gigante asiático, maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, em busca de novos negócios.

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Lula da Silva sofreu vários problemas de rouquidão e inflamações na garganta no último ano, fruto do esforço vocal feito na dura campanha eleitoral de 2022 e agora devido à sua intensa atuação à frente do Governo.

Em novembro passado, após vencer as eleições presidenciais, o chefe de Estado brasileiro foi operado a uma lesão nas cordas vocais, da qual recuperou satisfatoriamente.

Exames médicos posteriores também confirmaram a remissão completa do tumor laríngeo diagnosticado em 2011 e que o obrigou a várias sessões de quimioterapia.