O Conselho de Opinião elegeu, esta segunda-feira, a atriz e encenadora Isabel Medina, que substitui Marçal Grilo que tinha sido eleito em fevereiro, para ser indigitada membro do Conselho Geral Independente (CGI) da RTP.

A atriz e encenadora foi a personalidade indicada pelo Conselho de Opinião (CO) da RTP para membro do CGI, substituindo Eduardo Marçal Grilo, que tinha sido eleito pelo órgão em 13 de fevereiro, mas em 10 de março foi comunicado que o processo da sua nomeação tinha sido interrompido por decisão do próprio, por motivos institucionais.

Licenciada em Filologia Germânica em 1973, Isabel Maria Medina Costa Vasconcelos Barbosa fez uma pós-graduação em Pedagogia e, mais tarde, mestrado em análise de comportamentos.

Nascida em 20 de agosto de 1951, Isabel Medina terminou a Escola Superior de Teatro e Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa em 1982. Iniciou a sua carreira académica em 1974 como professora do ensino secundário, onde se manteve durante três anos, tendo depois sido requisitada pelo Ministério da Educação para a formação contínua de professores como coordenadora do Gabinete de Comunicação e Teatro, dedicado à inovação na área da multidisciplinaridade e cruzamento com as artes.

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Posteriormente, foi convidada para trabalhar na RTP na área da ficção nacional, onde foi chefe dos serviços de ficção nacional e chefe de departamento de ficção. Em 1997 integrou o Conselho de Opinião da RTP por designação da sua Comissão de Trabalhadores (CT), por um mandato de três anos.

Em 2000, foi novamente designada pela CT para o CO e reeleita para a Comissão Permanente. Quatro anos depois rescinde o contrato com a RTP e pede reforma antecipada em 2008. Isabel Medina colabora assiduamente com a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), e faz parte da sua direção.

Do lado das artes, a indigitada fundou em 1982 o Teatro do Século, de onde saiu dois anos depois para integrar o elenco da Comuna, Teatro de Pesquisa. Sete anos depois sai da Comuna e interpreta vários espetáculos com diferentes encenadores.

Em 1995 é cofundadora da Escola de Mulheres – Oficina de Teatro, onde se mantém como diretora literária até 2017, ano em que deixa de pertencer à companhia.

Além de atriz, é argumentista, dramaturga, encenadora e formadora, tendo dois livros publicados como romancista e dois como dramaturga.

De saída do CGI estão o presidente José Carlos Vieira de Andrade e Helena Sousa. Integram ainda o órgão Alberto Arons de Carvalho, Ana Margarida de Carvalho, Leonor Beleza e Manuela Melo. O CGI, criado em 2014, é composto por seis membros, um presidente e cinco vogais, e o seu mandato tem duração de seis anos.

Dos seis elementos, dois são designados pelo Governo, dois pelo Conselho de Opinião e os restantes dois cooptados pelos quatro anteriores. O modelo de funcionamento do CGI prevê um mandato de seis anos, com a substituição de três dos seis elementos a meio do mandato.

Entre as suas funções, o CGI define as linhas orientadoras da RTP para o cumprimento das obrigações do serviço público, nomeando o Conselho de Administração e respetivo projeto estratégico da empresa, bem como supervisiona a sua prossecução em substituição da tutela.