A polícia grega anunciou esta terça-feira que desmantelou uma rede terrorista que planeava “greves” na Grécia e prendeu dois paquistaneses que tinham como alvos judeus em Atenas.

Em Israel, o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusou Teerão de estar por detrás do plano, dizendo que se tratava de “mais uma tentativa do Irão de promover o terror contra alvos israelitas e judeus no estrangeiro”.

“A investigação revelou que a infraestrutura grega fazia parte de uma grande rede iraniana que operava a partir do Irão para muitos países”, adianta o gabinete de Netanyahu em comunicado.

Em declarações à AFP, a porta-voz da polícia grega, Konstantina Dimoglidou, revelou que “o cérebro (desta célula) é um paquistanês que vive num país fora da Europa”.

Fontes policiais que pediram o anonimato acrescentaram que vive no Irão e mais especificamente em Teerão.

Os dois homens detidos, com 27 e 29 anos, são “paquistaneses que residem ilegalmente na Grécia”, avançou Konstantina Dimoglidou, salientando que tinham como alvo um edifício comunitário judeu frequentado por israelitas no centro de Atenas, que alberga “uma sinagoga (…) e um restaurante judeu”.

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Segundo a AFP, poderá ser um dos poucos restaurantes kosher na capital grega, que também alberga, desde 2001, um centro comunitário judeu, o Chabad da Grécia,

O Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, agradeceu ao Governo grego e ao Serviço Nacional de Inteligência “por terem impedido o ataque terrorista contra alvos judeus e israelitas”.

“O terrorismo é um inimigo comum e a luta contra ele é a nossa principal prioridade”, escreveu Eli Cohen na sua conta no Twitter.