À saída do Centro Ismaili, onde prestou as “condolências do Estado português” à família das duas vítimas do ataque desta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que ainda é “prematuro tirar conclusões” e pediu que não sejam feitas “generalizações”.

Para o Presidente da República este foi um “ato isolado” com motivações “psicologicamente isoladas”, “num determinado quadro pessoal e familiar”, de uma pessoa que era “apoiada” e “conhecida” no centro. “Não queria ir mais longe, mas há pessoas que, na vida, num determinado momento são determinadas por motivos pessoais e reagem de uma determinada maneira. Mas nada justifica um ato criminoso como este”, acrescentou, em declarações aos jornalistas.

Sendo um caso isolado, não vale a pena estar a generalizar porque é injusto e é precipitado”, defendeu Marcelo, que considera que “não há nada que justifique um ato criminoso como este”.

O Presidente da República espera “que a sociedade portuguesa compreenda que de um ato isolado, tal como ele aparece neste momento, não é possível retirar generalizações”, recordando a importância do serviço prestado por esta comunidade. Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou ainda a rápida intervenção das forças de segurança — que dizem ter demorado um minuto a chegar ao local — considerando que esta atuação pronta “pode ter poupado consequências maiores”, nomeadamente um maior número de vítimas mortais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Foi a uma aula de português, matou duas mulheres e ainda tentou atacar agentes da PSP. O que se sabe do ataque ao Centro Ismaili

O ataque desta terça-feira foi levado a cabo por Abdul Bashir, um cidadão afegão que estava em Portugal desde outubro de 2021 com estatuto de refugiado, no Centro Ismaili. Do ataque resultaram duas vítimas mortais, de nacionalidade portuguesa: Farana Sadrudin e Mariana Jadaugy.

A assistente social de 24 anos e a gerente “extraordinária” de 49 anos: as vítimas do ataque no Centro Ismaili