O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusou esta terça-feira a Ryanair de atentar contra o direito à greve, ao pressionar Bruxelas para proteger os sobrevoos em França, durante greves de controladores aéreos.

A Ryanair lançou agora uma petição ‘online’, de maneira a pressionar a Comissão Europeia a ‘proteger’ voos que não tenham como partida ou destino França, mas que utilizem o espaço aéreo francês durante as greves dos controladores aéreos”, começou por apontar o sindicato, em comunicado.

Para aquela estrutura, trata-se de “um ataque a um direito dos trabalhadores: o direito à greve“.

Na semana passada, a Ryanair revelou que as greves do setor aeronáutico este ano em França já atrasaram ou levaram ao cancelamento de voos de mais de um milhão de passageiros aéreos, principalmente de sobrevoo em território francês.

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Ryanair lança petição para pedir serviços mínimos e gestão de voos durante greves em França

Adicionalmente, a companhia aérea irlandesa lançou uma petição para solicitar à Comissão Europeia que intervenha para “proteger os passageiros” durante greves aéreas em França, exigindo serviços mínimos e gestão externa de voos.

Para o SNPVAC, a posição da Ryanair constitui uma “limitação do direito à greve”, acusando a transportadora de “conviver mal com os princípios básicos do estado de direito”.

Não aceitamos e continuaremos a lutar contra companhias que não respeitem a lei e os trabalhadores”, realçou a estrutura sindical, defendendo que “está na hora dos governos e instituições europeias não permitirem mais este tipo de comportamentos”.