Com uma das mais baixas de natalidade do mundo desde 2013, o governo da Coreia do Sul decidiu aumentar, até 2024, o subsídio de apoio às famílias. Nesse ano, vão receber cerca de 700 euros por mês, numa forma de as encorajar a terem mais filhos.

No ano passado, o número de nascimentos voltou a descer — de 0.81 nascimentos por mulher em 2021 passou para 0.78 em 2022. Perante este cenário negativo, o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reuniu-se, esta terça-feira, com o governo para implementar um plano de emergência e decidir novas medidas que permitam aumentar os nascimentos no país, para que a Coreia do Sul não viva uma crise económica provocada pelo envelhecimento gradual da população.

A solução encontrada foi aumentar o subsídio mensal pago às famílias com crianças até um ano. Até agora, o governo sul-coreano pagava cerca de 210 euros por mês às várias famílias, valor que já não é suficiente para atingir o objetivo e por isso, ainda este ano, a quantia vai mais do que duplicar para os 495 euros mensais. Em 2024, espera-se que o apoio à natalidade chegue aos 1 milhão de won, ou seja, cerca de 700 euros por mês.

Mas, segundo Yoon, citado pela Bloomberg, “o problema da baixa taxa de natalidade resulta também de outras questões sociais, como o bem-estar, a educação, os valores elevados da habitação e dos impostos e os fatores culturais”. Por isso, o aumento do subsídio de apoio à natalidade não será a única medida a ser implementada. O Presidente sul-coreano pretende expandir os serviços de creches, aumentar o apoio aos recém-casados na questão da habitação e diminuir o valor das despesas em saúde para menores.

A nação asiática já gastou cerca de 200 mil milhões de euros nos últimos 16 anos a tentar aumentar a taxa de natalidade. Caso o número de nascimentos se mantenha abaixo da média mundial, a população da Coreia do Sul será menos de metade do que é atualmente até ao final do século.

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