A Sonae pretende vender metade do seu negócio bancário, que opera com a marca Universo, ao espanhol Bankinter. A operação ainda está sujeita a aprovações regulatórias, podendo ficar concluída no segundo semestre deste ano.

No âmbito do acordo, o Bankinter vai ficar com metade do negócio do Universo, por 19 milhões de euros, a que acrescem mais 5 milhões contingentes e cujo pagamento é diferido por cinco anos. A transação, segundo comunicado da Sonae à CMVM, tem subjacente um valor dos capitais próprios do Universo de 45 milhões de euros. Mas deste negócio resultará para a Sonae uma mais-valia de 12 milhões de euros.

A Sonae vai passar a registar os 50% que ficará do Universo pelo método de equivalência patrimonial nas suas contas.

Em dezembro último a Sonae já tinha informado o acordo de princípio com o Bankinter para a criação de uma joint-venture para “a combinação dos negócios do Universo”, criando “um operador líder em crédito ao consumo em Portugal”, dizia então a empresa de Cláudia Azevedo. Com esse acordo de princípio, a Sonae reviu os termos da parceria que tinha com o Banco CTT, feito em 2021. A parceria, dizia-se em comunicado, iria manter-se até 31 de dezembro de 2023, mas o Universo ficou com a opção de compra da carteira de crédito existente no Banco CTT.

O Universo tem mais de um milhão de clientes e uma carteira de crédito de aproximadamente 400 milhões de euros. Em 2022 teve um volume de negócios de 30 milhões de euros.

A Sonae explica que “a criação desta joint-venture [com o Bankinter] enquadra-se na estratégia de gestão ativa de portefólio da Sonae e permite alavancar o negócio de serviços financeiros do grupo, beneficiando de um parceiro com competências complementares que vão contribuir para acelerar o seu plano de desenvolvimento”. Citado em comunicado, o administrador financeiro da Sonae, João Dolores, expressa, novamente, o objetivo de “criar um operador líder no crédito ao consumo em Portugal”.

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