O GP de Portugal deu a Miguel Oliveira quase tudo e até demais. Na sexta-feira, caiu, no sábado, provou que à concorrência que é rápido, mas despistou-se comprometendo o pódio na corrida sprint e, no domingo, teve que abandonar a corrida devido a um acidente provocado por Marc Márquez. Começava então a perceber-se que no GP da Argentina nem toda a gente ia picar o ponto. A meio da semana, soube-se que Miguel Oliveira e Marc Márquez não iam estar em Termas de Río Hondo devido às lesões provocadas pela queda. O espanhol foi penalizado com um castigo que também não ficou imune a críticas, em especial por parte da RNF Aprilia, a equipa do português.

Sem os dois pilotos, o GP da Argentina, onde Marc Márquez é o recordista de vitórias, viu a Aprilia Racing destacar-se nos treinos do primeiro. Aleix Espargaro (1:38.518) e Maverick Viñales (01:38.680) foram os mais rápido na segunda sessão de treinos do dia que trouxe a surpresa de Fabio Quartararo (01’39.2640), em  Yamaha, ficar de fora dos lugares de apuramento para a Q2. Francesco Bagnaia, que em Portugal conquistou o máximo de pontos disponíveis, ficou apenas com o sexto melhor tempo.

Já este sábado de manhã, o atual campeão do mundo, piloto da Ducati, melhorou o desempenho apresentando o melhor tempo na sessão de treinos livres (1:41.029), marca sem qualquer influência na qualificação da tarde que arrancou com a chuva a fazer uma visita ao circuito.

Ao longo da Q1, Álex Márquez e Fabio Quartararo conseguiram os dois melhores tempos entre os oito participantes e apuraram-se para a Q2. Álex Márquez sofreu os efeitos do piso molhado. Quando o piloto da Gresini já tinha conseguido o registo de 01:47.317 que lhe valeu o registo o primeiro lugar da Q1, o espanhol caiu e a mota começou a arder.

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Álex Márquez arrancou para a Q2 com outra mota e nem por isso as coisas lhe correram pior. Os pilotos conseguiam tempos muito mais altos do que os que obtiveram na sexta-feira devido às condições climatéricas. Perto do final, Francesco Bagnaia ultrapassou Franco Morbidelli, mas Marco Bezzecchi e Álex Márquez ainda foram capazes de fazer melhor. O 01:43.881 do espanhol valeu-lhe a primeira pole-position de sempre em MotoGP e ficando desde logo a saber ia arrancar na corrida sprint deste sábado e na corrida principal no domingo.

As 12 voltas da segunda corrida sprint da história do mundial de MotoGP tinha tudo para ser animada. A chuva conteve-se, mas em alguns setores da pista ainda era notória a presença da água. No arranque destacou-se Franco Morbidelli, mas foi a partir de trás, mais concretamente, da 15.ª posição que Brad Binder voou até à frente da corrida. Joan Mir caiu e ficou pelo caminho, o que obrigou a algumas voltas com bandeiras amarelas no terceiro setor e, tal como mais tarde foi anunciado, obrigou o piloto a dirigir-se ao hospital. Também Aleix Espargaro foi obrigado a abandonar.

Brad Binder, Marco Bezzecchi e Luca Marini resistiram até às voltas como líderes da corrida. No grupo que lutava pela quarta posição, para onde caiu Morbidelli, estavam envolvidos Álex Márquez, que amanhã volta a partir da pole-position, e Francesco Bagnaia. Na última volta, a luta acabou mesmo por ser mesmo entre Binder e Bezzecchi, com o sul-africano a levar a melhor.