Uma vitória é sempre uma vitória mas neste caso sabia apenas a uma meia vitória: após garantir o terceiro melhor tempo na qualificação para a final A dos 50 metros livres onde Diogo Ribeiro assegurou a primeira vaga nos Jogos Olímpicos, Miguel Nascimento venceu a corrida decisiva com 21,97, garantiu a marca que era necessária para os Mundiais de Fukuoka mas não alcançou por um centésimo o registo que lhe garantia vaga em Paris-2024. Não foi no plano individual, foi numa prova coletiva, mas agora já conseguiu, sendo assim o terceiro atleta português confirmado na próxima edição dos Jogos (até agora, todos da natação).

A nadar na estafeta de Portugal com Gustavo Ribeiro, Diogo Lebre e Tiago Costa, Miguel Nascimento foi o primeiro a entrar na piscina e fez a marca de 21,91, abaixo dos 21,96 que estavam colocados como fasquia mínima de apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris. O registo final dos 4×100 livres foi de 3.40,20.

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A primeira confirmação para Paris: Diogo Ribeiro garante mínimos olímpicos com recorde nacional dos 50 metros livres

“Ainda nem consigo respirar. Nem sei o que dizer. Finalmente consegui. Acho que ainda não acredito. Tenho de ligar à minha mulher [Victoria Kaminskaya nadadora olímpica em Londres 2016] para contar e celebrar com ela. Na prova tentei focar-me e melhorar alguns aspetos que não tinha conseguido quando fiquei a um centésimo na final do Open de Portugal. Senti a energia aqui do publico, dos colegas e de toda a gente que está na piscina. Obviamente que ajudou. Queria agradecer aos colegas que participaram na estafeta comigo, à Federação e a toda a gente que me proporcionou esta oportunidade para obtenção de mínimos. Acho que ainda não estou em mim. Agora é menos um peso em cima de mim. Espero que daqui para a frente seja tudo mais natural, mais fácil para atingirmos o objetivo que todos desejamos. Após ter ficado a um centésimo pensámos em tentar novamente mas só dois dias depois da final dos 50 livres”, comentou no final à Federação Portuguesa de Natação, naquele que foi uma espécie de final “perfeito” da competição.

Mais um recorde nacional, mais um mínimo olímpico garantido: Diogo Ribeiro continua a brilhar (agora nos 100 metros livres)

De recordar que a natação já tinha apurado os dois primeiros atletas nacionais para os Jogos de 2024: Diogo Ribeiro, que fez recordes nacionais e mínimos nos 50 e 100 metros livres e nos 100 metros mariposa (ganhou ainda com recorde nacional os 50 metros mariposa, prova que não é olímpica), e Camila Rebelo, que fez o recorde nacional com mínimos nos 200 metros costas do Open de Espanha.

Mais um bilhete para Paris na Palma da mão: Camila Rebelo bate recorde nacional dos 200 metros costas e apura-se para os Jogos