Por vezes, as rodas soltam-se dos veículos onde estão montadas e ganham vida própria, continuando o seu caminho até embaterem em algo ou em alguém. Seja por desaperto dos pernes ou por quebra da manga de eixo, este tipo de situação felizmente não é muito frequente, mas acontece. Especialmente num país como o nosso, em que a idade média do parque automóvel supera os 13 anos, por vezes com uma manutenção deficiente. Garantido é que a massa elevada da roda multiplicada pela velocidade pode provocar grandes danos em peões, ciclistas e até noutros automóveis.

Um acidente que ocorreu numa auto-estrada norte-americana, nos arredores de Los Angeles, tornou-se viral ao ser registado pela câmara de um veículo que seguia atrás, no caso um Tesla. O condutor do Kia Soul seguia pela faixa mais à esquerda quando se preparava para ultrapassar uma pick-up Chevrolet Silverado, que circulava à sua direita. Quando estavam quase lado a lado, a roda da frente esquerda da pick-up soltou-se repentinamente e foi “atropelada” pelo automóvel, sem que o condutor tivesse tempo para reagir, até porque os dois veículos estavam apenas separados por cerca de um metro.

O que verdadeiramente impressiona neste acidente veio a seguir, quando o Soul embate na roda, que projecta um veículo que deverá facilmente rondar 1,7 toneladas pelo ar, tendo alcançado uma altura superior a 4 metros, a avaliar pelas imagens. A aderência da borracha do pneu, ao carro e à estrada, impede a roda de deslizar, literalmente catapultando o automóvel violentamente, destruindo-o quase por completo.

O acidente de Los Angeles deve ser utilizado como um alerta para todos os condutores, que assim se apercebem do real perigo que implica embater numa roda, a rodar ou parada, na via pública. Apesar do Soul e da roda se deslocarem no mesmo sentido e com um diferencial de velocidade mínimo, os danos são por demais evidentes. Todos os condutores esperam nunca passar por esta experiência, mas se tal infortúnio vier a acontecer, é altamente aconselhável evitar o embate a todo o custo, seja com uma manobra de esquiva, seja travando a fundo. E não se deixe enganar pela falsa sensação de segurança que o facto de o veículo ser 80 a 100 vezes mais pesado do que a roda lhe pode incutir.

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