As greves que afetam o serviço da CP – Comboios de Portugal levaram à supressão de 105 dos 710 comboios que estavam programados para o período das 00:00 às 19:00 deste domingo, informou a transportadora.

De acordo com a CP, neste período circularam 605 comboios, o que se traduziu numa supressão de 14,8% em relação aos que estavam programados.

No serviço de longo curso, de 57 comboios previstos não se realizaram nove, enquanto no regional, de 215 programados foram suprimidos 46.

Nos urbanos de Lisboa não se realizaram 38 comboios em 272 estimados e no Porto de 143 programados não circularam 12.

Nos urbanos de Coimbra, não houve comboios suprimidos, tendo circulado todos os 23 programados.

Depois de vários dias, a greve na CP e na Infraestruturas de Portugal (IP) é agora a partir da oitava hora de serviço.

Além disso, até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e, entre 10 e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

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Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.