Donald Trump vai processar o seu ex-advogado Michael Cohen por um valor na ordem dos 500 milhões de dólares (455 milhões de euros) por alegada quebra do contrato. O ex-Presidente e candidato à nomeação republicana para as próximas eleições deu esta quarta-feira entrada com uma ação judicial num tribunal da Florida, na qual acusa Cohen de ter espalhado informações falsas a seu respeito. Na mesma, considera ainda que as declarações públicas, livros e aparições do advogado nos meios de comunicação constituíram uma violação de contrato.

A equipa de Trump afirma estar a dar entrada com o processo agora por “não ter alternativa”, acusando Cohen de estar cada vez mais empoderado e de ter aumentado o número de declarações difamatórias nos últimos tempos.

Na reação ao processo, o advogado de Cohen, Lanny Davis, disse em comunicado que “Trump está outra vez a usar e abusar do sistema judicial como forma de assediar e intimidar Michael Cohen”. A equipa de defesa do advogado, de 56 anos, garantiu que este “não será demovido, e está confiante de que o processo vai cair com base nos factos e na lei”.

Cohen foi durante anos um dos homens fortes de Donald Trump, com uma reputação por resolver “na sombra” os problemas do magnata. O seu nome está associado ao caso Stormy Daniels, com a justiça a dizer que foi o advogado a pagar à ex-atriz pornográfica para que esta não revelasse o seu caso com o republicano durante a campanha eleitoral de 2016.

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Cerca de um ano depois, o então Presidente reembolsou o advogado, alegadamente falsificando registos empresariais para esconder o motivo do suborno — uma ação que resultou, em março de 2023, numa acusação formal de fraude fiscal contra Trump por parte do procurador de Nova Iorque.

Pela sua parte no caso, Cohen foi condenado em 2018 a três anos de prisão por crimes financeiros e por ter mentido sob juramento no Congresso norte-americano.

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Trump acusa Emmanuel Macron de “lamber as botas” a Xi Jinping

O republicano não se tem dedicado apenas às suas batalhas legais e, nos últimos dias, tem reforçado as suas declarações sobre política interncional. Desta vez, o antigo chefe de Estado norte-americano criticou o Presidente francês Emmanuel Macron, que na última semana esteve em Pequim e encontrou-se com o homólogo chinês, Xi Jinping.

Em declarações à Fox News na terça-feira à noite, Trump acusou mesmo Macron de “lamber as botas” ao líder do regime chinês.

Tens este mundo louco que está a explodir e os EUA não têm qualquer tipo de palavra. E Macron, que é meu amigo, está na China a lamber as botas [a Xi Jinping]. Eu disse ‘a França agora está a ir com a China?”, disse o candidato presidencial, de 76 anos.

A reação do Palácio do Eliseu chegou esta quarta-feira, com um porta-voz a descrever as declarações de Trump como “vulgares”.

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