As greves que afetam o serviço da CP — Comboios de Portugal levaram à supressão de 190 dos 1.192 comboios que estavam programados para o período das 00h00 às 19h00 desta quarta-feira, informou a transportadora.

De acordo com a CP, neste período circularam 1.002 comboios tendo sido suprimidos 15,9% dos previstos.

Nos comboios de longo curso, dos 71 previstos foram suprimidos 11 (15,5%). Já no serviço regional, a taxa de supressão foi de 24,8%, tendo sido suprimidos 70 dos 282 comboios previstos.

Segundo o balanço efetuado pela transportadora nos urbanos de Lisboa foram suprimidos 81, dos 571 programados, enquanto nos urbanos do Porto, não se realizaram 24 dos 237 programados. Relativamente ao serviço de urbanos de Coimbra, a greve levou à supressão de quatro comboios, dos 31 programados.

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Depois de vários dias de greve entre as 00h00 e as 2h00 e de um dia inteiro na passada quinta-feira, até 30 de abril a paralisação na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.

Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Até 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.